Um casal suspeito de aplicar o “golpe do português” foi detido pela Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor (Delcon) nessa quinta-feira. De acordo com a polícia, José Paulo da Conceição Prudêncio, 44 anos, e Verônica Vieira Cardoso, 39, vendiam produtos falsificados como se fossem autênticos, ludibriando as vítimas com o papo de que eram europeus e não poderiam retornar para o continente com toda a mercadoria.
O maior atrativo dos produtos oferecidos pelo casal era o preço, bem mais baixo do que o que seria cobrados se fossem de fato originais. A história contada aos clientes era que eles participavam de uma feira de produtos internacionais em um shopping de Curitiba e, ao retornar para a Europa com as mercadorias, teriam que pagar um alto tributo – por isso faziam a “queima de estoque”.
José se identificava como “O rei do bacalhau”, de Lisboa, por ter nacionalidade portuguesa. Segundo o delegado Guilherme Rangel, da Delcon, o casal batia na porta de clientes e alegava que tinha ido ao endereço por indicação de amigos. Os produtos mais vendidos por eles eram ternos, malas e canetas.
Com o suspeitos foram apreendidas máquinas de cartão de crédito e mercadorias como canetas, malas de marca, jaquetas de couro que diziam ser italianas e um faqueiro, ofertado por eles por R$ 8 mil, como sendo um conjunto de peças de ouro da Alemanha.
Golpe
O delegado disse ainda que o “golpe do português” é comum e que os golpistas costumam trabalhar em duplas e falar com sotaque europeu. “Na maioria das vezes o sotaque é português ou italiano. Eles andam em carros de luxo e bem-vestidos, com uma boa aparência. São geralmente educados e carismáticos, usando sua condição de estrangeiro para tentar produzir uma situação de legitimidade”, afirma.