Alto Boqueirão

Preso suspeito de matar e depois queimar corpo de desafeto

O esconderijo de Silmar Geraldo da Cruz, 24 anos, suspeito de matar e queimar o corpo de Adão Caetano da Cruz, 40, foi mal escolhido. Ele saiu de Colombo para se abrigar em Virmond, na casa de um amigo que teria recém matado a ex-esposa.

À procura de um dos criminosos, que conseguiu fugir, os policiais acabaram encontrando o outro. Silmar morava com duas enteadas, de 11 e 13 anos, e a mulher no andar de baixo do sobrado de Adão. Segundo o delegado Wagner Holtz, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ele matou Adão com um tiro na nuca na madrugada de sexta-feira (06).

O assassino resolveu incinerar a vítima e, para isso, no trajeto até uma estrada de terra no Alto Boqueirão, onde o cadáver foi encontrado, passou em uma borracharia e comprou alguns pneus. “O corpo foi amarrado, ele colocou entre os pneus e ateou fogo”, afirmou o delegado.

A arma usada no crime – um revólver calibre 38 – pertencia a Adão. “Ele vendeu essa arma e fugiu para Cantagalo no mesmo dia, com a caminhonete da vítima”, disse Wagner.

Esconderijo

Silmar foi detido na casa de um amigo, identificado como Edilson, que, de acordo com o delegado, teria matado a ex-esposa. “Os policiais já sabiam do crime ocorrido aqui e da suspeita que recaía sobre o Silmar. Ele foi conduzido para a delegacia, onde confessou”.

Em entrevista à imprensa, Silmar admitiu ter matado Adão. Ele alegou que cometeu o crime porque a vítima teria passado a mão em suas enteadas. O suspeito disse ainda que pegou a caminhonete de Adão porque os dois costumavam trocar os carros.