Levam de tudo

Comerciantes se viram ‘nos 30’ para evitar arrombamentos

Nem mesmo ursinhos de pelúcia das crianças que moram na residência no terreno de uma igreja evangélica, na Rua Fernando de Noronha, Boa Vista, foram poupados pelos bandidos, no segundo arrombamento em pouco mais de um mês. Também na madrugada de ontem, um comércio a menos de três quadras dali foi alvo de marginais, mas o alarme disparou e os afugentou.

Os ladrões invadiram a igreja e levaram o equipamento de som. Da casa ao lado, levaram roupas, bicicletas e brinquedos que estavam na parte de fora. Em 19 de maio, a mesma igreja foi arrombada e os ladrões chegaram a comer linguiça e beber refrigerante antes de fugir. Na época, comerciantes já reclamaram à Tribuna da falta de segurança no bairro.

Na madrugada de ontem, Silvio Freitas, proprietário de uma loja de consertos de máquinas, foi despertado, por volta da 1h30, pelo alarme. Ele correu até o estabelecimento, mas não encontrou ninguém. “Conversei com um andarilho que contou que eram três rapazes”, disse. Os bandidos quebraram o telhado, mas não levaram nada.

Estratégias

Os comerciantes têm buscado soluções para se proteger dos bandidos. Dono de uma panificadora há 10 anos, José Carlos Fernandes contou que prefere fechar o comércio mais cedo. “Quando dá 18h eu vou embora. A gente não tem segurança para trabalhar”, desabafou. Uma farmácia na região também é alvo constante dos marginais. Os funcionários deixaram de aceitar o pagamento de contas e boletos bancários, para reduzir o dinheiro em caixa.