E no mesmo lugar

Filho foi morto pelos mesmos assassinos do pai, diz polícia

“Matar para não morrer”, essa foi a desculpa que dois suspeitos de um homicídio deram aos policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Pelo menos foi assim que os policiais descobriram quem pode ter sido os responsáveis pela morte de Jéfferson dos Santos, de 28 anos, assassinado a sangue frio na frente de casa, no dia 8 de maio.

O crime aconteceu na Rua Dídio Sampaio, no Sitio Cercado, quando Jéfferson saiu para ir ao trabalho. O homem, que trabalhava como caminhoneiro, foi atingido por pelo menos cinco disparos e a arma usada pelos assassinos era uma pistola.

De acordo com as investigações da DHPP, os dois suspeitos de ser responsáveis pelo crime – que fugiram a pé depois de matar Jéfferson – já eram investigados pela morte do pai dele, no dia 7 de janeiro de 2011, no mesmo lugar onde ele foi assassinado. Um dos suspeitos, de 22 anos, foi preso na última segunda-feira (25) de maio, através de um mandado de prisão temporária.

Ameaças

O rapaz que foi detido teria dito aos policiais que estava sendo ameaçado. De acordo com o delegado Renato Coelho de Jesus, durante as investigações, a DHPP descobriu que os dois rapazes temiam ser mortos por Jéfferson, já que ambos estavam sendo investigados pela DHPP, por um homicídio que apontava a dupla como suspeitos na morte do pai dele.

Segundo as investigações, há quatro anos, uma dívida de drogas que o irmão de Jéfferson teria com a dupla foi o motivo da morte do pai dele. Ele teria sido morto porque se recusou a pagar a divida do filho.

Ligação

Com a prisão temporária do rapaz, a DHPP conseguiu chegar ao outro jovem que teria participado do crime. Para a polícia, o crime foi solucionado, porque imagens de circuito de segurança flagraram a dupla caminhando em direção à vítima, minutos antes da execução.

De qualquer forma, de acordo com o delegado, o rapaz preso foi reconhecido por testemunhas como um dos responsáveis pela morte de Jéfferson e afirmam que o outro jovem também participou do crime. A DHPP deve pedir a prisão preventiva do outro suspeito.