Gangue da dinamite

Galera “explosiva” vai parar no xilindró

Uma transação de explosivos, que costumam ser usados para o ataque a caixas eletrônicos, feita em meio à rodovia, próximo ao trevo do Atuba, foi flagrada por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Cinco suspeitos foram detidos e quase três quilos e meio de material explosivo foi apreendido.

Os policiais receberam a informação de que pessoas estavam agindo de forma suspeita na BR-116. Quando chegaram, encontraram cinco pessoas em dois veículos e uma motocicleta, que estariam negociando um jogo de espoletas e estopins. Foram presos Maicon Willian Dalprá Martins, 19 anos, Rafael Ribeiro de Oliveira, 20, Rogério Augusto Sardo, 20, Lucas de Jesus Oliveira, 19, e Silvio Martins, 39. Em diligência na casa dos suspeitos, os policiais apreenderam mais explosivos. Ao todo, foram encontrados 219 espoletas e 12 cartuchos de explosivos.

“Essas pessoas eram envolvidas na comercialização dos explosivos para as quadrilhas que iriam fazer os ataques a caixas eletrônicos. As investigações vão prosseguir para descobrir quem eram os clientes deles”, comentou o delegado Rodrigo Brown, do Cope.

Perigo

O delegado comentou sobre os riscos a que os bandidos que comercializam os explosivos se expõem e ainda colocam outras pessoas em perigo. “A espoleta e o estopim têm que ficar sempre afastados do explosivo propriamente dito, pois uma pequena faísca ou eletricidade estática podem causar a detonação; e matar tanto os marginais, como terceiras pessoas, em um grande raio que a explosão pode atingir”, explicou Rodrigo.
Líder

Silvio é apontado pela polícia como o líder da quadrilha. Ele deixou o sistema penitenciário há cerca de 20 dias e já tinha antecedentes por homicídio, tráfico de drogas, roubo e coação. Ele negou ser integrante do grupo e disse que estava na rodovia apenas para ajudar a consertar o carro de um dos rapazes.