Já era

Malandro que aplicava o golpe do ‘falso aluguel’ é preso

A polícia descobriu que o falso corretor de imóveis, preso em flagrante no começo da semana, estava com documentação falsa em nome de Fabrício de Souza, 27 anos. O detido é Aristóteles Kochinski Smolarek Junior, 38 anos, foragido do sistema penitenciário, depois de ser condenado, em 2006, a mais de 24 anos de prisão por ter matado a esposa, Luciana Ribeiro de Paula, durante a viagem de lua de mel, para ficar com seguro de vida.

Na tarde de ontem, os policiais descobriram que o detido, que informou ser do Rio de Janeiro e vivia em hotéis e pousadas de Curitiba, era Aristóteles. Conforme a Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, Aristóteles foi denunciado por uma futura vítima. Com ele, os policiais encontraram um revólver calibre 32 com munições e numeração suprimida. “Ele se passava por cliente em imobiliárias e pegava a chave para conhecer o imóvel. Com cópia da chave, divulgava o apartamento e não pedia fiador”, explicou o delegado Wallace de Oliveira Brito.

Shopping

Segundo a polícia, levava a vítima ao imóvel, mas a negociação era feita em um shopping. Pedia apenas o primeiro aluguel adiantado. Depois, desaparecia. “Teve uma pessoa que chegou a ser retirada do apartamento e sequer sabia do que estava acontecendo”, disse o delegado.

Sangue na lua de mel

Em agosto de 1998, depois de um mês de casados, Aristóteles e Luciana viajaram para Santiago, no Chile. O marido teria contratado um seguro de vida de US$ 250 mil, para Luciana, que foi assassinada com taco de beisebol. Smolarek fez a queixa do desaparecimento da mulher e retornou ao Brasil. Ele foi julgado em 2004 e em 2006 e confessou o crime.

Vítimas

Quatro vítimas fizeram boletim de ocorrência na DEDC. A polícia suspeita de que o mesmo golpe também tenha sido aplicado no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. O suspeito confessou os golpes e disse que o dinheiro era usado para o sustento e parte era gasta em noitadas. O delegado explicou que dificilmente as vítimas irão conseguir recuperar o dinheiro, mas podem acioná-lo na Justiça. Denúncias pelo 3261-6000.