A polícia aguarda o resultado do exame de confronto balístico de uma pistola que pode ter sido usada para matar João Maria Ramos, 45 anos, e alvejar o filho dele, João Vitor Santos de Ramos, 11. O crime aconteceu há uma semana, em Fazenda Rio Grande, e o garoto continua internado na UTI Neonatal do Hospital do Trabalhador, em Curitiba.
A pistola foi apreendida esta semana, durante diligências, e seguiu para o Instituto de Criminalística. “Tem o mesmo calibre da arma usada contra as vítimas. O laudo da perícia deve ficar pronto dentro de 10 ou 15 dias. Caso seja positivo, estaremos muito perto de elucidar o crime”, explicou o delegado Fábio Machado. Não divulgou mais detalhes, segundo ele, para não atrapalhar o inquérito.
Perseguidos
Na terça-feira (5), por volta das 18h, pai e filho foram seguidos por dois homens em uma motocicleta, logo após deixarem a escolinha de futebol, perto da BR-116, onde o garoto treinava.
Na Avenida das Américas, o homem que estava na garupa da motocicleta disparou mais de dez vezes em direção ao veículo de João Maria, que perdeu a direção e caiu no barranco, destruindo uma cerca de arame farpado. Ele morreu na hora, baleado pelo menos quatro vezes. João Vitor, ferido no rosto, ombro e em uma das pernas, foi levado ao hospital em estado grave.
Ameaçado
De acordo com o inquérito, João Maria era morador do Campo de Santana, em Curitiba. Meses atrás, após receber ameaças de morte, ele mudou-se para o bairro Pátria Minha, em Fazenda Rio Grande. Morava em uma casa apenas com o filho e, segundo vizinhos, não tinha atitudes suspeitas e pagava o aluguel em dia. Ele tinha passagem pela polícia, mas o motivo não foi divulgado.
Sem perdão
Crime semelhante aconteceu na noite de segunda-feira (11). Scott Hendrix Porto, 21, foi assassinado a tiros dentro do carro dele, na Rua José Leal Fontoura, região central de Colombo. Ele estava acompanhado da mulher e do filho, Felipe Hendrix Franco Porto, de apenas um ano e oito meses.
O menino foi atingido na cabeça e também morreu no local. A mãe dele foi ferida na perna e sobreviveu. De acordo com o delegado Erineu Portes, a polícia já sabe o que motivou o duplo homicídio, mas preferiu não divulgar nada, por enquanto, para não interferir nas investigações.