Operação Fidúcia

PF desmantela quadrilha que desviava recursos públicos

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (12) em conjunto com a Controladoria Geral da União, a Operação Fidúcia visando desarticular a atuação de uma associação criminosa especializada em desviar recursos públicos recebidos por intermédio de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), situadas em Curitiba.

As investigações tiveram início em 2011 e apontam pela existência de indícios de que o grupo criminoso desviava dinheiro recebido em razão de termos de parcerias firmados com diversos Municípios do Estado do Paraná desde o ano 2005, em especial para atuação em programas na área de Saúde.

Os recursos públicos recebidos eram desviados mediante diversas condutas, dentre elas a não comprovação de aplicação de taxa de administração, a prestação irregular de contas, pagamentos irregulares a empresas de dirigentes das OSCIPs, pagamentos efetuados para empresas de “fachada” e saques de altos valores em espécie. Ademais, também foram colhidos indícios de fraude em processo de licitação.

A operação conta com a participação de 70 policiais federais e 6 servidores da Controladoria Geral da União, que estão dando cumprimento a 14 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de condução coercitiva e três mandados de prisão temporária nos municípios paranaenses de Curitiba, Piraquara, Campina Grande do Sul, Marechal Cândido Rondon e Francisco Alves. 

Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Curitiba. A estimativa é que o desvio gire em torno de 70 milhões de reais. Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de associação criminosa, peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e delitos previstos na Lei de Licitações.

Será concedida entrevista coletiva às 10h00 no auditório APF Edson Matsunaga, na Superintendência da Polícia Federal, localizada na Rua Sandália Monzon, 210 – bairro Santa Cândida, Curitiba-PR, onde estará presente também o Chefe da Controladoria Geral da União no Paraná, Dr. Moacir Rodrigues de Oliveira.