Quadrilhas por trás?

Pai assassinado com o filho tinha mandado de prisão por posse de armas

A morte de Samuel de Almeida, 35 anos, executado a tiros com o filho Alexandre de Almeida, 7, na noite de domingo, em Piraquara, pode estar ligada ao comércio de armas entre quadrilhas. Apesar de alguns policiais da cidade terem afirmado que Samuel era tranquilo, ele tinha mandado de prisão em aberto por posse ilegal de arma de fogo. A defesa dele até já havia feito um pedido de habeas corpus à Justiça, mesmo com Samuel considerado foragido.

Em janeiro, policiais militares da cidade receberam denúncia que um homem estava alugando armas para marginais. Ele seria morador do Guarituba. Quando os PMs chegaram à residência indicada, Samuel fugiu. Em um dos cômodos foram encontrados três revólveres, uma pistola e bastante munição. A esposa dele, que estava grávida, foi detida e ficou três dias na prisão.

Só foi solta depois que o juiz repassou a culpa para o marido e decretou a prisão dele. No entanto, Samuel continuava trabalhando normalmente no barracão de reciclagem, ao lado da casa dele, na Rua Lourival Moreira dos Santos.

Investigação

O delegado Haroldo Davison, de Piraquara, comentou que existem linhas de investigação sobre a motivação do crime, mas preferiu não divulgá-las. Para ele, possivelmente Samuel foi confundido com outra pessoa. A família dele deve prestar depoimento na delegacia na manhã de hoje.

O filho mais velho de Samuel, Adenilson de Almeida, 8, que estava com o pai e o irmão na hora do crime e foi baleado na perna, continua internado no Hospital do Trabalhador, mas fora de risco.