Caso quase solucionado

Preso servente que matou patrão após ser demitido

Depois de um ano e meio de investigação, a polícia prendeu, nesta quarta-feira (22), Thiago Luiz de Andrade, 19 anos, acusado de matar Domingos Medeiros de Lara, 49 anos. O acusado já possui passagem pela polícia por roubo e porte de arma, ainda menor.

As investigações para localizar Thiago deram resultado quando o setor de inteligência da Delegacia de Furtos e Roubos (DRF) divulgou o caso no Facebook da especializada.

Várias denúncias surgiram sobre a localização do autor, inclusive informações dizendo que o mesmo circulava pelo Cajuru e por Pinhais, se vangloriando pelo feito e que se arrependia de não ter matado a esposa da vítima.

Thiago nega ainda que estava acompanhado de um comparsa, diz que na frente da obra havia um rapaz procurando emprego, essa pessoa fugiu assustada quando ouviu os disparos. Ele disse ainda, que não foi ao local com a intenção de roubar e sim para receber o que lhe era devido.

Quanto à arma do crime, ele falou que havia achado em uma antiga obra e inclusive a vítima tinha conhecimento do fato, e que após o crime a vendeu para um desconhecido. Thiago foi autuado por latrocínio e está à disposição da Justiça.

O caso

Domingos foi morto no dia 01 de novembro de 2013 com dois tiros, na frente da sua esposa, com quem ficou casado por 11 anos, logo após estacionar seu carro em frente a uma obra no qual chefiava, no Hauer. A vítima tinha acabado de voltar do banco, e faria o pagamento de funcionários.

Thiago, servente de pedreiro na época, havia sido demitido pela manhã, mesmo dia do crime, após se insubordinar contra ordens da chefia. Então retornou ao local e efetuou os disparos.

O jovem ficou foragido por aproximadamente um ano e meio. Ele afirmou que estava morando normalmente em Pinhais, juntamente com sua esposa e uma filha de dois anos. Ele continuava trabalhando com serviços de construção civil.

Ainda de acordo com o autor do crime, ele não tinha a intenção de matar o ex-patrão, e somente trazia a arma consigo para se defender de outro colega, com quem tinha desavenças e havia sido ameaçado. O disparo ocorreu “na emoção” ao se sentir injustiçado.