Volta ao xadrez

Condenado a 26 anos de prisão por latrocínio é recapturado

Oito anos após ser condenado pelo assassinato do médico Edson de Souza Motta Paes, 60, em uma tentativa de assalto, Rogério Soares de Araújo, 35, estava nas ruas. Depois de passar para o regime semiaberto, na Colônia Penal Agrícola (CPA), ele conseguiu fugir. Na manhã de sexta-feira os policiais da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) capturaram-no, suspeito de participar de um roubo no Pinheirinho.

Durante o tempo em que esteve foragido, segundo o delegado Rubens Recalcatti, da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio, Rogério utilizou documento falso e trabalhava como motoboy. No momento da prisão, que ocorreu no bairro Ganchinho, ele primeiro tentou escapar pela janela, mas foi contido. Depois se apresentou como “Marcelo Oliveira Annes” e mostrou a carteira de identidade falsa aos policiais.

Conforme o delegado, Rogério estava com um celular que tinha sido roubado no Pinheirinho. “Nós ligamos para um número que estava no aparelho e a vítima atendeu. Rogério foi reconhecido como autor do roubo e autuado em flagrante, mas não entregou os comparsas”, contou Recalcatti.

Latrocínio

Rogério foi condenado a 26 anos de prisão por latrocínio (roubo seguido de morte). Em dezembro de 2005, para tentar impedir que bandidos invadissem a casa dele, no Seminário, o médico pegou um revólver e reagiu. Houve troca de tiros e Edson não resistiu. Rogério levou dois tiros na barriga e foi detido. O outro suspeito fugiu.

A polícia apurou, na época do crime, que Rogério e outras oito pessoas vieram de São Paulo para cometer crimes em Curitiba, e moravam em uma casa no Pinheirinho. Embora o acusado negasse o crime, o confronto de amostras de sangue retiradas de Rogério e do local do crime coincidiu. Em entrevista à imprensa, ele preferiu manter-se calado.