Investigação

Gaeco indicia seis por suposta fraude em licitação

O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) indiciou os seis investigados na tentativa de fraudar um contrato para a manutenção de veículos usados por órgãos do governo do Paraná em Londrina, alvos da Operação Voldemort.

O inquérito concluído passa pela 3ª Vara Criminal e deve ser devolvido ao Ministério Público, que terá, a partir de então, cinco dias para fazer a denúncia formal à Justiça.

Segundo as apurações do Gaeco, Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa (PSDB), seria o cabeça do esquema montado para que a Providence, uma oficina que os promotores afirmam pertencer a ele próprio, ganhasse o contrato emergencial no valor de R$ 1,5 milhão para a manutenção da frota de carros do governo.

O Gaeco também indiciou os investigados considerados na apuração como testas-de-ferro de Abi em empresas que seriam usadas na mesma fraude: Roberto Tsuneda e Ismar Ieger. Tsuneda permanece preso na unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2).

Ainda foram indiciados na Voldemort o advogado de Abi, José Carlos de Lucca; o ex-diretor do Departamento de Transportes (Deto) Ernani Delicato – único que não chegou a ser preso – e o empresário Paulo Midauar.

Membro do PSDB, Midauar, segundo a RPCTV Londrina, indicava cargos na estrutura de governo, como o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) de Cornélio Procópio. Naquela cidade, Midauar obteve a nomeação da chefia regional do órgão ambiental. Junto com Tsuneda, permanece preso na PEL 2.
Operação

O indiciamento faz parte da Operação Voldemort, deflagrada há cerca de dez dias. A operação ganhou o nome de Voldemort, uma referência ao bruxo mau da saga Harry Potter. Nos livros e filmes da série juvenil sobre magia, não é recomendado mencionar o nome do vilão. Então, ele é chamado de “aquele não pode ser nomeado” ou de “você sabe quem”.