Crime brutal

Preso homem que matou criança de dois anos e o pai dela

Uma briga por causa de mulher, ocorrida há quase dois anos, foi o motivo pelo qual Paulo Venceslau Gomes, 52 anos, e a filha, Mariana Cristina Maia Gomes, de apenas 2 anos, foram assassinados na madrugada do último domingo, em Piraquara, segundo a polícia. A rixa era entre o filho de Paulo e o suspeito do crime, Paulo Henrique Pereira, 25, detido na segunda-feira.

Há cerca de dois anos, o filho da vítima, Diego, de 21 anos, se envolveu em uma briga com Paulo. Ele deu três facadas no rosto do rapaz, que prometeu vingança. Para evitar uma tragédia, toda a família de Diego mudou-se para Guaratuba, no litoral do Estado. Há algumas semanas, eles voltaram a morar em Piraquara, no Jardim Holandês.

Segundo o delegado Haroldo Luiz Vergueiro Davison, Diego teria passado na frente da casa de Paulo, que considerou a atitude um desaforo. “Ele subtraiu a arma de uma pessoa e devolveu sem que o outro soubesse”, disse. 

Crime chocou os moradores de Piraquara. Foto: Colaboração/Marina Oliveto.

A arma usada para matar o pai e a criança foi uma pistola com dois tipos de munição: calibre 380 e 9 milímetros. No dia do crime, o atirador disparou 26 vezes. De acordo com o delegado, o criminoso chegou à casa, levantou a cortina e atirou contra Paulo e Mariana, que dormiam em um colchão.

A bebê levou dois tiros na cabeça e o pai, foi baleado cinco vezes. O rapaz que seria o alvo tinha saído. Além das vítimas, a mãe e uma filha adolescente estavam no local.

Após depoimentos de testemunhas e reconhecimento, Paulo foi autuado em flagrante pelo crime, na tarde de segunda-feira. “Diante de um crime brutal e sem sentido, precisávamos dar uma resposta rápida para tranquilizar a população”, afirmou o delegado.

Em entrevista à imprensa, o suspeito afirmou que não cometeu o crime e que a família disse ter sido ele por conta da briga. Ele contou que estudou junto com Diego e que, há dois anos, o rapaz o esfaqueou porque ele teria cortejado a namorada dele. “Eu nem lembrava mais dele”, afirmou Paulo, que disse trabalhar como servente.