Casal da contravenção

Mulher do ‘patrão’ do tráfico é presa com drogas

Duas casas usadas para armazenar drogas, uma no Cajuru e outra na Vila Macedo, em Piraquara, foram descobertas pela força-tarefa do Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) na quarta-feira. Um adolescente e uma mulher, suspeita de gerenciar o esquema a mando do marido e de um amigo dele, presos na Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP I), foram capturados. As drogas apreendidas foram avaliadas pela polícia em R$ 350 mil.

O delegado Rodrigo Brown contou que a polícia recebeu informação sobre o tráfico de drogas na casa no Cajuru. “Ali estariam sendo repassadas drogas para a venda na região e no centro de Curitiba. De manhã, após algumas horas de observação, as denúncias se confirmaram e entramos na residência”, relatou. Um adolescente, de 17 anos, foi apreendido no local. Com ele, havia 690 gramas de crack, embaladas em pequenas porções, cerca de 50 gramas de maconha e R$ 9 mil em dinheiro.

Em seguida, os policiais foram para a casa em Piraquara, onde foram apreendidos 3,1 quilos de crack, 1 quilo de cocaína pura e 650 gramas de haxixe. Ao perceber a movimentação da polícia, segundo o delegado, a proprietária da residência, Heslaine Priscila de Andrade, 31 anos, fugiu com o filho pequeno. “Ela pegou um táxi e se escondeu em um hotel na BR-116, em Colombo”, disse Rodrigo. A mulher se hospedou como “Melissa”, e foi encontrada pelos policiais à noite.

Casamento

Heslaine é esposa de Rogério de Paula, que está preso. Conforme o delegado, ele e o amigo, identificado como Carlos André Mota, estariam comandando o tráfico de drogas de dentro da cadeia e determinando ordens para reuniões do Primeiro Comando da Capital (PCC). Os dois serão indiciados pelo crime.

As “coordenadas” para Heslaine seriam repassadas nas visitas feitas ao marido e também por aparelhos celulares. As investigações continuam, a fim de identificar se existem outras pessoas envolvidas.

Heslaine negou estar gerenciando a venda de drogas. Ela disse que fugiu, porque avisaram que a casa estava cheia de polícia e iriam pegá-la. A suspeita afirmou ainda que não sabia que os entorpecentes estavam no local, e que teria recebido R$ 500 para sair da residência.