Sangue em Curitiba

Namoro com criança teria motivado crime de homem no Ganchinho

O “crime” de namorar a menina errada, uma adolescente de apenas 12 anos de idade, custou a vida do atendente de lanchonete Maurício Henrique Silva, 21 anos. Ele foi executado com seis tiros, após ser perseguido por um Gol de cor prata de onde foram efetuados vários disparos, até o jovem cair morto na calçada de uma das casas da Rua Regina de Jesus Siqueira, quase esquina com a Rua Maurício Erzírio dos Santos, no Ganchinho.

O assassinato aconteceu por volta das 15h30 e foi o segundo crime passional registrado, ontem, no mesmo bairro. Segundo a diarista Eva Roseli de França, 44 anos, que mora na quadra onde Maurício foi morto, mesmo depois de atingido o jovem continuou tentando se salvar. “Ele foi ferido na esquina e mesmo assim tentou pular o muro da minha casa e, em seguida, da casa onde ele caiu morto após ser atingido na cabeça”, descreveu. De acordo com a perícia, a vítima foi atingida várias vezes na cabeça, mais uma nas nádegas e outra no antebraço.

Revoltada com a morte do irmão, a vendedora Maiara Silva, 22 anos, foi até a casa da namorada de Maurício cobrar que a menina entregasse o assassino. “Ela sabe quem é”, afirmava insistentemente. “Ou a polícia prende quem tirou a vida do meu irmão, ou eu vou dar um jeito”, ameaçou.

A Delegacia de Homicídios ouviu ainda na noite de ontem os familiares da vítima e da namorada dele. Segundo o que os policiais apuraram, o principal suspeito de ter assassinado Maurício é um rapaz que nutria uma paixão platônica pela adolescente e queria que ela terminasse o namoro. Os policiais confirmaram que, pelos depoimentos, o suspeito cumpre pena em regime aberto e tem tornozeleira eletrônica. Outro dado levantado é que rapaz morto também tinha passagem pela polícia, mas não foi informado por qual crime ele havia sido preso. Pelo rumo das investigações, a expectativa dos policiais era de que a prisão do autor ocorra ainda hoje.

De acordo com a perícia, a vítima foi atingida várias vezes na cabeça. Foto: Átila Alberti.