Mistério

Corpo de homem tatuado é encontrado na Vila Pantanal

O corpo de um homem morto há pelo menos quatro dias foi encontrado na Vila Pantanal, no sábado, por volta das 13h40. Ele estava localizado em um matagal que fica entre o viaduto e a lateral do barracão de Eco Cidadão Pantanal, na rua Angelina Legat Pasini.

Segundo a perícia, o homem tinha entre 25 e 30 anos de idade, mas não foi possível identificar no local sinais do que provou a morte dele. O rosto e um dos braços estavam em avançado estado de decomposição. Em uma das mãos, foi encontrado um isqueiro, mas a polícia não achou cachimbo ou vestígios de droga pela área ao redor. Não tinham documentos nos bolsos da bermuda preta que ele vestia. Além dessa peça de roupa, ele usava uma cueca azul e apresentava duas tatuagens nas costas, do lado direito havia a palavra “Maceió” e do lado esquerdo o desenho de um urubu. Também existia uma terceira tatuagem, na panturrilha direita, com a frase “Vida Loka” (sic). 

A vítima, com idade entre 25 e 30 anos, vestia apenas uma bermuda preta e cueca azul. (Foto: Giuliano Gomes/Tribuna do Paraná)

A mesma frase estava pichada no barracão do Eco Cidadão que, na noite da segunda-feira passada (16) foi incendiado, comprometendo parte do material que já estava pronto para ser revendido. Os catadores de materiais recicláveis Geomar João Chaves, 52 anos, e Sérgio Aparecido Chaves, 42 anos, contaram que antes disso, há 15 dias, uma balança, uma caixa de luva, um carrinho e uma caixa de fitilho haviam sido roubados. “Faz 15 dias que estamos parados por conta desses dois crimes e as contas não param de chegar”, contou Sérgio. “Precisamos de uma balança e que as portas e o espaço sejam recuperados o quanto antes. Além de mais segurança”, destacou Geomar, que preside o barracão desde o início das atividades há mais de um ano.

Amanhã, às 14h, os catadores irão à Câmara Municipal de Curitiba para tentar sensibilizar as autoridades sobre o fato de estarem sem fonte de renda por conta dessas duas ações. Eles pedem urgência na reativação do local. São entre 10 e 12 catadores que, em média, deixaram de ganhar entre R$ 1 mil e R$ 1,2 mil por conta dos estragos.

O corpo estava em um matagal, situado na Rua Angelina Legat Pasini, próximo ao trilho do trem e aos fundos do EcoCidadão Pantanal. (Foto: Magaléa Mazziotti)