'Ai de ti'

Gangue do ‘haitiano’ era especializada em roubar celulares

O slogan de uma das principais empresas de telefonia móvel do mundo é viver sem fronteiras. A vida criminosa de Wildiny Prospere, o “Haiti”, 30 anos, também parecia não ter fronteiras.

O haitiano entrou legalmente no Brasil, aparentemente com o objetivo de muitos de seus conterrâneos: trabalhar. Mas logo seu caráter (ou falta dele) falou mais alto e ele começou a participar de uma quadrilha de roubava e furtava aparelhos celulares de última geração na região das Mercês, em Curitiba, e revendia para distribuidoras.

“Haiti” foi preso na tarde da última quinta-feira (29) por policiais civis do 3.º Distrito Policial, da Divisão Policial da Capital (DPCap). Douglas Ramos da Silva Ignatti, 28 anos, e Dinovan Oliveira Rebouças, 34 anos, membros da mesma organização criminosa, também foram presos.

Segundo o delegado-titular do 3.º DP, Danilo Zarlenga, por volta das 15h de quinta, Ignatti foi preso em flagrante na rua, nas Mercês, área de atuação do distrito, logo após ter praticado um furto e levado um celular.

“Ele foi trazido para cá na delegacia e nós conseguimos fazer com que ele contasse como era o esquema. Ele furtava os celulares, mas existiam pessoas que vendiam esses aparelhos para revendas de aparelhos usados na região central da cidade”, contou o delegado.

Logo na sequência, a equipe de investigação seguiu para a região da Praça Osório, bem no Centro de Curitiba, e lá identificou e prendeu os dois outros homens.

“Eles confessaram que iriam vender os celulares para as revendas. Encontramos vários aparelhos com eles, iPhones 6, 5s, 3, enfim, smartphones que eram furtados e depois revendidos a preços mais baixos”, explicou Zarlenga.

Unidos pelo crime

Nenhum dos bandidos é natural de Curitiba. Todos vieram de fora para praticar crimes aqui. “Um é haitiano, o outro tem o apelido de ‘Paulista’, mas na verdade é baiano. O Ignatti sim é paulista. Era uma verdadeira quadrilha sem fronteiras”, disse Zarlenga.

Todos foram indiciados por organização criminosa. Ignatti também por furto e os outros dois por receptação. Agora eles estão dentro das fronteiras da carceragem do 3.º DP, à disposição da Justiça e aguardando para serem transferidos para o Sistema Penitenciário.