Olho por olho, dente por dente

Briga entre mulheres no Centro deixa uma morta e outra no hospital

Vender pedra de crack falsa e fumar a verdadeira pode ter sido o motivo da morte de uma moradora de rua, aparentando 50 anos, em frente à Biblioteca Pública do Paraná, Centro, por volta da 1h de ontem. Ela foi morta a tiros e ainda aguarda identificação no Instituto Médico-Legal.

A vítima estava no cruzamento das ruas Ébano Pereira e Cândido Lopes, onde costumava dormir, quando foi morta com disparos na cabeça, peito e em um dos braços. O delegado Cristiano Quintas, da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), recebeu a informação, que ainda passa por averiguação, que a mulher vendia crack. No entanto, estaria fumando as pedras que pegava do distribuidor e vendendo pedras “falsas” no lugar.

Se este for o motivo do crime, ela pode ter sido morta pelo distribuidor, que não queria ter seu nome “manchado” no “mercado”, ou por algum usuário de drogas, que foi reclamar da “qualidade” do produto. Investigadores da DHPP devem buscar imagens de câmeras de segurança para identificar o assassino e esclarecer o motivo do crime.

Faca

Cerca de meia hora antes, a poucas quadras dali, uma mulher, de 30 anos, foi esfaqueada na Praça Generoso Marques, por outra mulher, no braço e na perna. Ela foi socorrida de ambulância ao Hospital Evangélico e não corria risco de morrer. A princípio, os policiais militares que atenderam às duas ocorrências acreditaram que a moradora de rua tinha sido a autora das facadas e que tinha sido morta por vingança.

À tarde, investigadores da DHPP levaram fotos da moradora de rua até a ferida no hospital. A vítima não reconheceu a mulher nas imagens e contou aos policiais quem era a agressora. Com isto, o delegado Cristiano Quintas identificou a criminosa, que está sendo procurada. As duas mulheres já tinham rixa antiga e, naquela noite, tiveram um “desacerto comercial”.