Depois da pizzaria

Processo sobre o morte de gerente já está com a Justiça

O processo criminal sobre o assassinato da gerente de banco Rejane Bertolini Grimuza da Silva, 40 anos, ocorrido em setembro do ano passado, já está nas mãos da Justiça, na fase das audiências de instrução. Rejane foi morta pelo marido, Joaquim José da Silva, 43 anos, que foi preso em flagrante no dia do crime e deste então está recluso na Casa de Custódia de Piraquara.

A primeira audiência ocorreu nesta quarta-feira (21), no Tribunal do Júri de Curitiba, e ouviu seis testemunhas de acusação. Quarta-feira da semana que vem (28) deverá ser ouvida a filha do casal, de 14 anos, que presenciou o homicídio. A última audiência deve acontecer no dia 4 de fevereiro, quando serão ouvidas as testemunhas de defesa e também será feito o interrogatório do réu. Se o processo continuar neste ritmo acelerado e os advogados das partes não entrarem com recursos, a expectativa é a de que Joaquim possa ir a júri ainda neste semestre.

O crime ocorreu na noite do dia 28 de setembro, após o casal e a filha voltarem de um jantar numa pizzaria. No quarto, o casal discutiu e Joaquim começou a esganar a mulher com as mãos. A adolescente tentou impedir, mas quanto mais gritava e segurava o pai, mais ele apertava mais o pescoço de Rejane. A vizinhança veio em defesa e o Siate foi chamado, mas apesar de chegarem muito rápido, Rejane já estava morta.

Investigações do caso apuraram que o casal estava se desentendendo desde setembro de 2013, época em que, por motivos pessoais, pararam de ter relações sexuais. O casamento de 18 anos se desgastou e a bancária queria se separar. Alguns meses depois, Rejane foi promovida a gerente no banco em que trabalhava e, com a independência financeira, começou a procurar apartamento para sair de casa. Joaquim não aceitava e, naquela noite, alegou que ficou fora de si e cometeu o crime.

O réu, que está sendo defendido pelo advogado Eduardo Mileo, responde por homicídio duplamente qualificado. Já a família de Rejane tem como assistentes de acusação os advogados Maurício Zampieri de Freitas e Jean Carlo da Silva, que dizem que a filha do casal está desde a época do crime em tratamento psicológico.