Boa Vista

Câmeras de segurança filmam assassinos de mecânico

Dois homens, armados, entraram na casa do dono de uma oficina mecânica, na Avenida Paraná, Boa Vista, o chamaram e deram dois tiros, no fim da tarde de ontem. João Maria Lopes Stanke, 64 anos, foi socorrido pelo Siate e encaminhado, em estado grave, ao Hospital Cajuru, mas morreu horas depois. Os assassinos correram e entraram em uma Duster branca, que esperava por eles na Rua Deputado Atílio de Almeida Barbosa.

A oficina ficava nos fundos do terreno. Familiares contaram que os dois entraram pela porta da frente, foram até perto da cozinha. “Um deles segurou a esposa e a ameaçou com uma arma, pedindo pelo cofre. O outro chamou o João e, quando ele veio, viu que os dois estavam armados e levantou as mãos. No que ele levantou as mãos, o rapaz atirou”, contou uma pessoa, que pediu para não ser identificada. A suspeita da família é que os assassinos iriam assaltar a vítima.

João Maria Lopes Stanke foi socorrido por uma ambulância do Siate. “Ele parou de respirar, mas foi reanimado. Quem viu, presenciou uma cena bem feia”, contou um vizinho. De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Cajuru, o mecânico foi encaminhado às pressas para o centro cirúrgico, mas não resistiu e morreu durante a operação.

Imagens de câmeras de segurança da rua flagraram toda a movimentação dos dois rapazes. Nas imagens é possível ver que cada um deles atravessa a rua de um lado e se juntam próximo à oficina. Os dois entram no local e, dois minutos depois, saem correndo. Um deles vestia camisa polo branca com listras azuis, bermuda jeans e tênis marrom. O outro usava chinelos, bermuda preta e camiseta cinza.

Descaso

Vizinhos estavam inconformados com a forma de agir da polícia. “Liguei três vezes para o 190 e desligaram, nas três vezes, na minha cara. Desisti de ligar quando, na quarta vez, perguntei para o policial que atendeu se eles estavam com preguiça de trabalhar e ele, mais uma vez, desligou”, disse um morador indignado.

Segundo o vizinho, minutos depois, policiais militares apareceram, mas disseram que não podiam fazer nada, porque não era a área deles. “Perguntei se eles não poderiam mesmo ir atrás dos bandidos ou chamar outra viatura e eles disseram que não. Depois que o Siate levou o homem, os policiais foram embora como se nada tivesse acontecido”, reclamou.

Os moradores disseram que assaltos têm se tornado constantes na região. “Na quarta-feira, o chefe do meu namorado foi assaltado. Levaram o carro dele e, por pouco, não atiraram”, contou uma moradora. “Todos os dias eu ouço algum comerciante ou morador dizer que foi roubado. A polícia nem aparece por aqui”, lamentou outro morador.