A Delegacia de Furtos e Roubos vai ouvir, a partir de segunda-feira, os policiais militares envolvidos na tentativa de abordagem a ladrões que matou, acidentalmente, a estudante Bárbara Silveira Alves, 16 anos, na quarta-feira, no Santa Cândida. Ontem, o delegado Rodrigo Souza recebeu os depoimentos prestados pelos policiais à Polícia Militar, que abriu inquérito policial-militar. “Mesmo com essas informações em mãos, tenho a necessidade de ouvi-los para saber detalhes”, explicou o delegado.
Além dos depoimentos dos policiais, o delegado espera os laudos dos institutos Médico-Legal e de Criminalística. “Pedimos o teste de balística, para saber se a bala que atingiu a garota partiu da arma de algum dos policiais ou dos bandidos”, explicou Rodrigo. O calibre da arma que matou Bárbara não foi confirmada pela Polícia Civil.
Dois indivíduos assaltaram um restaurante perto da rotatória da Rua Padre João Wislinski e levaram cerca de R$ 300. Policiais à paisana que almoçavam no local perseguiram os ladrões. Segundo a PM, houve confronto e a garota, que acabava de sair da escola, foi baleada. Ela morreu no hospital.
A Polícia Militar, em nota, informou que eles foram afastados das funções e encaminhados para acompanhamento psicossocial. As armas dos policiais foram recolhidas para perícia e entregues, ainda no local, a um soldado do 20.º BPM, para ser encaminhado à Corregedoria da corporação.
Testemunhas
Os moradores consideram os policiais despreparados. “Naquele horário estava um formigueiro de gente por aqui, com muitos alunos saindo do colégio”, comentou um homem, que não quis se identificar. A rua reúne mercado, farmácia e outras lojas. “Um absurdo, uma menina baleada por causa de pouco dinheiro”, afirmou outro morador.