Triângulo amoroso

Açougueiro assassina rival com uma facada certeira no coração

A disputa pelo amor da mesma mulher resultou na morte de Claudinei Belo, 36 anos, com uma canivetada no coração, e na prisão do açougueiro Plázio Luiz Dalferth, 55. Os dois se relacionavam com Roseli Batista Vieira, 36, mas era Claudinei quem morava com ela, em uma casa no bairro Boneca do Iguaçu, São José dos Pinhais.

Há dois anos e meio ela começou a se relacionar também com Plázio, que trabalha no açougue de um supermercado na região. “A gente ficava junto, se separava, voltava. Ela me dizia que ia casar comigo, que queria largar do amásio porque ele não conseguia parar em emprego. Cheguei a dar dinheiro para que ela pagasse a passagem dele e que fosse morar em Ponta Grossa, mas eles continuavam juntos”, disse Plázio, em entrevista à imprensa.

O açougueiro contou que chegou a comprar alguns móveis, que Roseli levou para a casa dela e de Claudinei. “Gastei muito dinheiro com ela. Fiz o que pude para ficar comigo, mas a gente vivia nesse vaivem”, explicou o detido, que já trabalhou em churrascarias famosas da capital.

Fofoca

Alguns meses antes do crime, Claudinei descobriu, por amigos, que Plázio era o amante de sua amásia e começou a persegui-lo. Na quarta-feira da semana passada, ele teria seguido o açougueiro depois que ele deixou o trabalho no supermercado. “Fiquei com medo e entrei em um bar, mas a dona desconfiou que ia ter briga e me mandou sair. Entrei em uma lanhouse perto e esperei uns minutos, quando sai ele estava atrás de mim ainda”, descreveu Plázio.

Por volta das 19h, na esquina da Avenida Castro Alves e Rua Antônio Setim, os dois se enfrentaram. Houve discussão e logo partiram para a briga. Plázio sacou o canivete que carregava no bolso da calça e desferiu um único golpe no peito do oponente. “Ele veio para cima e apenas me defendi”, alegou o açougueiro. Claudinei foi socorrido mas morreu horas depois no hospital.

Apesar de alegar legítima defesa, Plázio vai responder por homicídio. “Ele estava com uma faca e a vítima de mãos vazias. Esse ponto descaracteriza a tentativa de autodefesa. Foi motivo banal. Um tem 55 anos e o outro tinha 36. Não eram mais adolescentes para arrumar briga por causa de mulher”, comentou o delegado Gil Rocha Tesserolli.

Depoimento

De acordo com o policial, o paradeiro de Plázio foi descoberto no depoimento de Roseli, horas depois do homicídio.

Na tarde seguinte, o açougueiro foi capturado por investigadores, quanto tentava embarcar em um ônibus, no terminal central de transporte de São José dos Pinhais.

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