Abuso na calçada

Perita é abusada por sete mendigos na região central de Curitiba

No percurso que faz diariamente para voltar para casa, uma perita, de 41 anos, que trabalha no Instituto de Criminalística, passou por momentos de terror na mão de sete homens. Eles saíram da Fundação de Ação Social (FAS), que fica ao lado do órgão, e a cercaram. Ela estava de vestido tomara-que-caia, e eles tentaram abaixá-lo e passaram as mãos pelo corpo da mulher. “Me senti estuprada”, desabafou a vítima.

Eram por volta das 18h30 de quinta-feira, quando a perita saiu do Instituto, na Rua Visconde de Guarapuava, Centro. Bem no horário em que várias pessoas se reúnem na FAS para pegar a sopa que é distribuída pela instituição. “Esses homens foram na minha frente e pararam para conversar, eu segui adiante. Passei pela Rua Barão do Rio Branco e, no meio da quadra, vieram três de baixo e quatro de cima”, disse.

Risos

Os sete homens gritavam e davam risada, enquanto tentavam abaixar o vestido da mulher e passavam as mãos nos seios, costas e nádegas dela. Apesar de ser em horário de movimento intenso de veículos e pedestres, ninguém parou para ajudá-la. “Foi tudo muito rápido, eu gritei e saí correndo”. A vítima não registrou boletim de ocorrência da violência que sofreu. “Não conseguiria reconhecer nenhum deles. Sei que não eram menores de idade, eram homens mesmo”, disse.

“Eu achava que era mito, mas você acaba se sentindo culpada pela situação. Eu estava de vestido, mas era comprido. Não era roupa escandalosa. Mas é um absurdo nos sentirmos assim”, lamentou.

Incômodo

Não foi a primeira vez que pessoas que estavam na FAS incomodaram a vizinhança. “Sempre há problemas, que a gente acaba até minimizando. Já ouvi cantadas de baixo nível, não só eu como outras funcionárias do instituto e outras mulheres”, afirmou.

O cheiro de maconha na área costuma ser frequente, conforme relatou, e muitos ficam visivelmente drogados. No Instituto de Criminalística já foram vistas pessoas mexendo no lixo e houve tentativa de invasão.

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