São José dos Pinhais

Presa dupla suspeita de degolar auditor aposentado

A Polícia Civil de São José dos Pinhais desvendou a morte do auditor aposentado do Ministério do Trabalho do Paraná (MTPR) que foi encontrado degolado na semana passada em um matagal próximo à BR-277.

Willi Maier, conhecido como “Vile”, e Willian Oliveira Xavier foram presos e apontados como os suspeitos de usar cartões de Gilberto Dal Pont, de 52 anos, por quatro dias e depois mata-lo.

Gilberto desapareceu no dia 21 de agosto, mas a polícia só foi avisada do sumiço no dia 25. De acordo com o delegado Gil Rocha Tesserolli, investigadores começaram a monitorar contas e cartões do auditor e encontraram os suspeitos.

“Eles foram encontrados depois que a família nos avisou que um cartão de débito do auditor teria sido usado em um posto de combustível. Fomos atrás e conseguimos identifica-los, a partir das imagens das câmeras de segurança”, explicou.

Para tentar despistar a polícia, os homens queimaram o carro do auditor, um Kia Picanto. O veículo foi encontrado no dia 24 de agosto, às margens da BR-277, na Borda do Campo, em São José dos Pinhais.

“Em seguida, conseguimos prender os dois rapazes, mas até então não sabíamos da participação deles na morte”, disse o delegado. Para manter os dois rapazes na prisão, descobrir mais detalhes do crime e até mesmo onde estava o auditor, o delegado os indiciou por receptação.

“Eles estavam com os cartões e confessaram ter queimado o carro da vítima depois de usar por uns dias. Não nos restava dúvidas de que eles estavam envolvidos no desaparecimento, por isso pedimos um mandado de prisão por receptação e demos sequencia com as investigações”.

Na delegacia, Vile confirmou que usou o cartão do auditor, contou que queimou o carro e que foi obrigado a esconder o corpo. “Mas ele nos disse que quem matou foi Willian, que nega o crime”, explicou Gil Tesserolli.

No dia 26 de agosto, depois de contar a verdade aos policiais, o rapaz os levou ao local onde teria escondido o corpo de Gilberto, que foi encontrado degolado e com marcas de tiros pelo corpo.

Motivo

Para o crime, a polícia trabalha com a suspeita de latrocínio (roubo seguido de morte). “Eles mantiveram a vítima por certo tempo viva e obrigaram o auditor a passar a senha dos cartões e contas bancárias para que usassem”. Os dois confessaram ser usuários de drogas e ambos já tinham passagens pela polícia.

“Pedimos exames toxicológicos do Instituto Médico Legal, que devem apontar se foi encontrado algum tipo de substância química no organismo da vítima para esclarecer boatos que surgiram no decorrer das investigações”, explicou o delegado.

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