A semana de alunos e funcionários do colégio Sesi, no Boqueirão, foi marcada por assaltos e protestos pela falta de segurança na região. Um aluno chegou a levar um tiro no pé ao tentar pegar de volta um boné roubado, na segunda-feira. Segundo a instituição, a violência na região intensificou-se neste ano e, nas últimas duas semanas, “virou o caos”.
Na segunda-feira, um garoto de 15 anos foi baleado quando voltava do colégio, e à noite uma manifestação de alunos fechou as ruas Doutor Bley Zorning e Doutor Heleno da Silveira. Pneus e outros objetos foram queimados para chamar a atenção para a insegurança na área.
Depois disso, mais dois casos de assalto foram registrados nesta semana. Em um deles, a mãe de um aluno estava estacionando o carro em frente à unidade para buscá-lo, quando foi abordada por bandidos armados. No terceiro caso, um estudante teve o celular furtado. “Entre semana passada e essa semana quase todo dia tivemos uma ocorrência”, comentou o gerente do Sesi – Boqueirão, Roberto Sgrott da Silva. Na manhã de quinta-feira, alunos do ensino médio e pais organizaram novo protesto, que durou cerca de uma hora.
Insegurança
O colégio tem períodos de manhã, tarde e noite e aproximadamente 1.500 estudantes frequentam a instituição a cada turno. Segundo o gerente, durante o dia, costumam ser registrados furtos de objetos como bonés, celulares e tênis dos alunos. “À noite estudam alunos do curso profissionalizante, que vêm de carro. Como a unidade tem estacionamento limitado, os alunos deixam os automóveis do lado de fora e aí ocorrem arrombamentos, e muitas vezes levam os veículos”, disse Roberto.
Conforme o gerente, uma série de ofícios foi enviada à Polícia Militar para aumento do patrulhamento na região. “Eles atendem pontualmente, mas não é feita ação rotineira. A frequência com que eles circulam em torno da escola é muito baixa”, comentou. A instituição também mantém contato com a prefeitura para garantir a poda das árvores e melhoria na iluminação pública, para tornar o ambiente claro no entorno.
