Nada a comemorar

Paraná é medalha de bronze em ataques a agências bancárias

A 7ª pesquisa nacional de ataques a bancos, divulgada nesta segunda-feira (25), aponta que o Paraná é o terceiro colocado no ranking, com 182 ocorrências, atrás apenas de São Paulo, com 403 e Minas Gerais, com 236.

O Estado subiu uma posição em relação ao último levantamento, divulgado em março deste ano, com dados referentes ao segundo semestre de 2013. A pesquisa foi apresentada pela Fetravispp, em parceria com a Contraf-CUT e CNTV.

Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, o aumento de ataques a bancos no Paraná se dá por conta da falta de segurança pública, sobretudo nos municípios menos populosos.

“As cidades com menos de 20 mil habitantes se tornaram alvos comuns das quadrilhas, devido à falta de policiamento, aliada com a instalação desses caixas em locais inseguros e desprovidos de equipamentos de segurança. Isso mantém o Paraná em terceiro lugar no ranking dos ataques a banco, o que é lamentável, pois os números mostram o descaso com a população que fica exposta as ações dos bandidos”.

Soares afirma também que os bancos investem milhões de reais em marketing para melhorar a imagem e estética das agências e pouco se preocupam com as pessoas vítimas de assaltos nas agências.

De acordo com a Fetravispp, o número de assaltos da pesquisa é 2,16 vezes maior do que a estatística nacional de assaltos da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Os dados divulgados pela pesquisa indicam 403 ocorrências no primeiro semestre deste ano, enquanto a Febraban apurou 186 no mesmo período. A assessoria de imprensa da Febraban, por sua vez, informou que não comenta pesquisas de terceiros, alegando que não teve acesso aos dados divulgados.

Propostas para aumentar a segurança

Entre os pedidos feitos pelos vigilantes para aumentar a segurança nas agências bancárias estão a instalação de porta giratória com detector de metais antes da sala de autoatendimento; vidros blindados nas fachadas; câmeras de vídeo em todos os espaços de circulação de clientes e escudos e assentos no interior das agências e postos de atendimento para os vigilantes.

Cope aposta em redução no segundo semestre

O delegado-titular do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) Luiz Alberto Cartaxo de Moura admite que as cidades com menos de 20 mil habitantes são os alvos preferencias das quadrilhas de assalto a bancos, mas aposta na redução deste tipo de crime no Estado no segundo semestre deste ano.

“Temos três equipes trabalhando exclusivamente nestas situações e efetuamos algumas prisões. O trabalho é bastante longo, até porque a maior parte dessas quadrilhas é de outros estados como Santa Catarina e São Paulo”, mas pelos índices que temos acreditamos que este tipo de crime apresentará uma redução significativa este ano”.

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