Atitude emergencial

Secretaria verifica local denunciado por deixar crianças amarradas

Diante da denúncia de irregularidades numa escola particular de educação infantil do Uberaba, quarta-feira, a Secretaria Municipal de Educação averiguou o local, ontem, e o estabelecimento permanece funcionando. Os pais levaram normalmente os filhos à aula e muitos elogiaram o trabalho dos profissionais do local.

A denúncia, feita por técnicos da Vigilância Sanitária, dava conta que as crianças estavam amarradas em cadeirinhas, assistindo à televisão, e que não estavam acompanhadas dos profissionais exigidos pelo Ministério da Educação. Uma mulher, que se identificou apenas como Márcia, dona do prédio da escola, contou que a professora da manhã se atrasou porque a filha acordou doente. Como o telefone da escola amanheceu estragado, a professora e a diretoria não conseguiam se comunicar.

No momento em que a auxiliar da professora saiu para comprar créditos para celular, para tentar contato, deixando a cozinheira cuidando das crianças, a Vigilância Sanitária chegou de surpresa para vistoria. “Fomos nós que chamamos a Vigilância para renovar a licença. Realmente fizemos errado, em amarrar as crianças nas cadeirinhas. Mas não houve má intenção. A preocupação era que as crianças não caíssem, até o retorno da auxiliar”, explicou Márcia.

Segurança

Ela contou que a cozinheira amarrou as crianças pela cintura com panos em cadeirinhas de plástico, como uma espécie de cinto. A escola funciona há 25 anos no bairro.

Segundo Maria Terezinha Giovanella, conselheira tutelar, as crianças não podem ficar sem acompanhamento de profissionais de educação infantil, assistindo televisão o tempo todo. “A escola tem que ter projeto pedagógico, aprovado pela Secretaria de Educação. Vamos encaminhar nosso relatório, junto com o relatório da Vigilância Sanitária, ilustrado com as fotos (das crianças amarradas), aos órgãos competentes”, explicou a conselheira.

Falta

Maria Terezinha disse que só perto do meio-dia apareceu a professora do período da tarde e outra pessoa que se identificou como pedagoga. Hoje o relatório deve chegar ao Ministério Público, Secretaria Municipal de Educação, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comtiba) e Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria).

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