Vandalismo

Manifestantes que participaram de quebra-quebra são autuados

A delegada Mônica Meister, do 1.º Distrito Policial (Centro) informou nesta terça-feira (17) que a delegacia tem várias provas que atestam a participação dos presos no quebra-quebra de segunda-feira. Ela não arbitrou fiança, porque diante dos três jogos em Curitiba nos próximos dias, os manifestantes seriam ameaça nas ruas. Apesar desse entendimento, a Defensoria Pública do Estado formalizou ontem a liberdade para seis dos detidos.

Quando os 14 suspeitos de vandalismo chegaram ao 1.º DP, encaminhados pela Polícia Militar na tarde de segunda-feira, tiveram uma surpresa. Equipes da Defensoria já esperavam para defendê-los. Do grupo de baderneiros, 11 foram autuados por dano ao patrimônio e continuam presos no 1.º DP. Dois deles, de 15 e de 17 anos, foram levados à Delegacia do Adolescente.

A Defensoria Pública, vinculada ao Governo do Estado, foi criada para atender presos sem condições financeiras de contratar advogado e ainda luta para ter estrutura suficiente para atender à demanda. “Pedimos a liberação dos presos que tivemos acesso aos autos. Nos próximos dias, deverá ser pedido a liberdade dos outros cinco. Por enquanto nenhum deles apareceu com advogado. Até que isso aconteça, vamos continuar fazendo a defesa”, afirmou o defensor público Fernando Rodrigues.

Rapidez

Questionado sobre “ação rápida” do órgão estadual, Fernando disse que não é comum defensores acompanharem presos até a delegacia. “Por causa dos jogos da Copa em Curitiba, a Defensoria Pública preparou atividade na rua para orientar a população que não sabe do acesso livre e gratuito aos serviços da Defensoria. Um grupo de defensores que estava nas proximidades das manifestações soube que manifestantes estavam sendo presos. Já que estávamos ali, resolvemos agir”, justificou. Fernando explicou que normalmente quem faz a comunicação da prisão é a polícia.

Alguns manifestantes envolvidos anteriormente em atos violentos, que foram ouvidos pela Polícia Federal, durante a manhã, foram presos à tarde, em novos atos de vandalismo. Entre os ouvidos pela PF, mas que não teria participado da quebradeira no Centro, estaria um estagiário da Defensoria. Dos manifestantes autuados, cinco vão responder também por resistência e desobediência, um por associação criminosa e ameaça e outro por roubo a uma banca.

Átila Alberti