Erro fatal

Meninas queimadas em incêndio foram mortas por engano

Policiais civis da Delegacia de Homicídios de Curitiba prenderam, na última segunda-feira (14), na casa da namorada, no Tatuquara, em Curitiba, Tiago Lhiar Daniel, 19 anos, o último dos autores do incêndio criminoso ocorrido numa casa na Rua Esther da Silva Florenzano, Cidade Industrial de Curitiba (CIC), no dia 16 de fevereiro, que matou Jheniffer Lorraine de Lima, 17 anos, e Michelle Santana, 12 anos. No começo do mês de março, Cássio Marcelo Leal Júnior, 21 anos, o “Sarney”, já havia sido preso e quatro menores apreendidos pelo crime.

Segundo o delegado Danilo Zarlenga, responsável pelas investigações, o crime aconteceu como forma de vingança entre grupos que agem na região. Todavia, desastrados, os autores atearam fogo na casa errada, matando inocentes e não o homem que matou um de seus comparas.

“O Gabriel Holler Mendes, de 21 anos, conhecido como ‘Biel’ é da gangue da Vila Sandra e matou o Rafael Trindade de Freitas, 19 anos, que é da gangue da Ilha Bela. Como vingança, o grupo chefiado por Daniel foi até a casa de “Biel” matá-lo”, contou o delegado.

Chegando ao local, Daniel ficou esperando do lado de fora e orientou que seus comparas ateassem fogo na casa dos fundos, mas “Biel” morava na casa da frente.

“Tenho que destacar que para realização destas prisões e a elucidação do crime, foi fundamental o apoio dos policiais civis do 13.º Distrito Policial, que nos ajudaram passando informações e com a prisão”, disse Zarlenga.

O delegado salientou que quando da prisão de “Sarney”, chegou-se a aventar que o crime teria ocorrido por ciúmes das meninas, que estariam se relacionando com rapazes de outra vila.

“Foi o que inicialmente nos passaram os pais das meninas, mas com as prisões e novas diligências descobrimos que era uma briga de gangues e que elas morreram por engano”, salientou o delegado.