Pinheirinho

Homens armados fazem a limpa em agência do Banco do Brasil

Bandidos armados assaltaram uma agência do Banco do Brasil no bairro Pinheirinho, na manhã de terça-feira (8). O roubo foi a menos de dez minutos da abertura da agência, que fica na Rua Nita Hubel, próximo ao 5º Batalhão Logístico do Exército. Os dois homens entraram pelo autoatendimento do banco, quebraram o vidro de acesso à parte interna da agência e renderam os vigilantes. Pela semelhança no modo de agir, esta pode ser a mesma quadrilha que roubou outro banco em São José dos Pinhais, no mês passado. A prática do roubo à mão armada contra bancos, que tinha sido deixada de lado pelos bandidos, aparentemente está voltando à “moda”.

Eles fugiram com malotes de dinheiro e dois revólveres calibre 38 que estavam com os seguranças. Ninguém ficou ferido. Ninguém do banco quis se pronunciar sobre o assunto e a gerência não informou a quantia de dinheiro levada. A única informação, apurada pela Polícia Militar, é de que os bandidos fugiram no sentido Fazenda Rio Grande num Corsa.

Policiais militares fizeram buscas pela região atrás dos dois rapazes, mas não foram encontrados. O Centro de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil (Cope) foi acionado e é responsável pelas investigações. Imagens das câmeras de segurança da agência flagraram toda a ação e devem ajudar no trabalho dos policiais.

Ação repetida

A técnica dos bandidos foi a mesma utilizada no dia 10 de março em assalto a uma agência do Banco do Brasil em São José dos Pinhais. Eles levaram R$ 150 mil, duas armas e dois coletes balísticos dos seguranças do local. De acordo com o delegado-titular do Cope, Edward Ferraz, existem indícios que foi a mesma quadrilha que praticou os dois assaltos.

“O assalto é mais raro. O mais comum são os arrombamentos com maçaricos e uso de explosivos”, afirmou. Segundo ele, o roubo às agências e os sequestros relâmpagos tinha diminuído consideravelmente nos últimos anos, já que as penas para estes tipos de crimes são altas. Por isto, as quadrilhas migraram para crimes com penas mais brandas, como os ataques a caixas eletrônicos com maçaricos e explosivos (que são considerados apenas furtos), que expõem o bando a menores chances de tiroteios, feridos e perseguições e o “lucro” obtido é tão considerável quanto o roubo. Se um marginal é preso por explosão ou corte de caixas eletrônicos e for réu primário, por exemplo, em menos de uma semana pode estar de volta às ruas. “Essas quadrilhas migraram para outros tipos de modalidades, mas estamos percebendo que eles estão retornando à prática do assalto”, comentou o delegado.

De acordo com dados do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e região, até ontem, 19 agências bancárias do Paraná sofreram assaltos neste ano. No ano anterior foram 38 ocorrências desse tipo no Estado e, em 2012, foram 34.

Colaborou: Lucas de Vitta

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