Barbárie

Criança estuprada pelo tio morre após apanhar da própria mãe

Uma criança de 4 anos foi espancada até a morte pela própria mãe, por urinar e defecar na cama, na manhã de quinta-feira (27), em Colombo. Ela foi levada até o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, onde além da constatação do óbito, descobriu-se que a menina sofria abuso sexual. A mãe confessou à polícia a agressão e apontou o irmão do marido como responsável pelo abuso. Os dois estão presos na delegacia de Campina Grande do Sul.

O Paraná Online conversou com a mãe da criança que, friamente, contou como matou a filha. O marido dela tinha saído para o trabalho. “Foi com chinelo, tapa, soco, chute”, descreveu. Segundo ela, foi um “ataque de loucura”, causado pelo “estresse do dia a dia, que sobrecarregou e acabei descontando na criança”. A mulher não trabalhava e tinha outros dois filhos menores, uma menina gêmea à morta e um garoto de 3 anos. Afirmou que batia com frequência nas gêmeas, apesar do marido pedir que parasse.

Com os golpes, a menina desmaiou. Sem contar o que tinha feito, a mãe chamou um vizinho para levá-la ao hospital. Médicos constataram que a criança tinha lesões na vagina, característica de abuso sexual, e chamou a polícia. Na delegacia, a mãe confessou o crime. Sobre o abuso, disse que suspeitava do cunhado, que morava na casa ao lado, pois a viu sentar no colo dele algumas vezes, mas não imaginou estupro. Apesar de ter visto uma lesão na vagina da criança há cerca de cinco meses, ela não desconfiou de violência sexual. Apenas passou uma pomada e esqueceu o assunto.

Doente

O tio da vítima apresenta características de doença mental. Ele contou que tirava a roupa da criança, fazia ela fazer sexo oral e colocava a mão na vagina dela. O homem disse que praticava os abusos há cerca de um ano e nega ter cometido o crime com outras crianças. Ele alegou ainda que a menina “gostava das brincadeiras”.

“Quase tive um treco quando fiquei sabendo. Não sei nem o que pensar”, afirmou o pai da menina. Ele disse que quase não ficava em casa e não esperava isso do irmão. Ainda segundo o pai, a família desconfiava que o irmão tivesse transtorno mental, mas nunca o levaram para tratamento.

O delegado de Campina Grande do Sul, Osmar Feijó, explicou que a mãe da vítima foi autuada por lesão corporal seguida de morte. “Ao meu ver, ela não está nem sob efeito de choque traumático. Talvez eu esteja mais abalado do que ela”, comentou. Foi solicitada ainda a prisão temporária do tio. “Entramos em contato com o Conselho Tutelar e com a delegacia de Colombo para que as outras crianças passem por exames de conjunção carnal, ato libidinoso e lesão corporal, para ver se não houve nada com elas”, destacou Feijó. Como os crimes ocorreram em Colombo, a investigação deve continuar pela delegacia do Alto Maracanã.