Que cachorrada!!

Cães usados pela Polícia Militar ficam com fome

Os cães da Polícia Militar estão sofrendo com racionamento de comida. Na quinta-feira, a Diretoria de Apoio Logístico da PM emitiu comunicado recomendando que todos os comandos regionais da polícia que possuam canis deveriam dar apenas 400 gramas de ração por dia para cada cão. Segundo alguns policiais que fazem o tratamento dos animais, cada cão recebe em média um quilo e meio de ração diariamente.

A recomendação também instruiu os policiais a não usarem os cães em trabalhos rotineiros, só podendo retirá-los do canil em casos excepcionais. “Tememos que, se essa medida continuar por muito tempo, venha afetar a saúde dos animais. Muitas ocorrências poderão ser prejudicadas sem o emprego dos cães”, disse um soldado da PM, que preferiu não ter o nome divulgado. Ele trabalha no Canil Central da Polícia, na Rua Tomaz Otto, Pilarzinho.

Caristia

Além desta unidade, nos outros 16 canis da corporação, espalhados pelo estado, os cães também estão sendo alimentados com menos da metade da ração diária que costumavam receber. De acordo com o documento, a ordem só será revogada quando o abastecimento do canil central for normalizado.

Os animais utilizados pela PM são das raças labrador, rottweiler, pastor alemão, blood hund, pastor belga mallinois, cocker espaniel, cane corso e dobermann. A unidade de cães da polícia foi criada em Curitiba, em 1971. Cinco anos depois foi implantada em outras cidades do estado. O número atual de animais pertencentes à polícia não foi divulgado. Os cães da Polícia Militar são treinados para localizar drogas, armas e pessoas em escombros.

Civil

A medida de contenção alimentar aos cachorros foi anunciada cerca de duas semanas depois de a Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil, ter apresentado oficialmente o Canil da unidade, que abriga os primeiros cães farejadores das raças pastor belga e pastor holandês, que auxiliam nas ações de combate ao tráfico de drogas. O lançamento foi divulgado na agência de notícias do Governo do Estado. A Polícia Civil não informou se o corte na ração também atinge o canil.

“Em vários países do mundo este é um mecanismo que vem sendo utilizado com resultados muito positivos”, disse o então secretário da Segurança Pública, Cid Vasques, na apresentação do canil, em 6 de fevereiro. “Os cães são decisivos em muitas ações desencadeadas”, explicou o delegado titular da Denarc, Alan Flore.

Nota

A assessoria de comunicação da Polícia Militar enviou no final da manhã desta segunda-feira uma nota informando que os cães não estão passando fome. O que houve apenas, de acordo com o comunicado, é de que há um racionamento na alimentação dos cães para que nã falte até que seja realizada uma nova licitação para compra de ração, que deve ocorrer no início de março. A nota informa ainda que o racionamento visa também a preservar a saúde dos animais, seguindo uma recomendação veterinária.