Ex-funcionário confessa assassinato de patrões

Um ex-funcionário confessou ter planejado o assalto que culminou nas mortes do casal de aposentados João Alonso da Silva e Edwirges Zurkiewicz, ambos de 66 anos. Claudimir Sant?ana Batista, 28 anos, estava escondido em Adrianópolis e foi preso por investigadores da delegacia de Piraquara por causa do crime cometido em 28 de junho de 2003. Ele aponta como co-autor um garoto de 17 anos, que nega o crime.

Claudimir trabalhou algumas vezes, ganhando por dia, na lavoura da chácara em que o casal morava, na Planta Santiago, em Piraquara. Ali observou o modo de vida dos idosos e teve a idéia de invadir a casa para roubar. Friamente, o acusado revela que ele e o adolescente já entraram na propriedade com intenção de matar. “Senão o velho me matava depois”, justificou Claudimir.

O primeiro a ser assassinado foi João Alonso. A vítima teve várias facadas na barriga e a orelha direita parcialmente decepada. Depois foi a vez de Edwirges, que estava em outra casa da chácara e também foi morta a golpes de faca. “Quem matou ela foi o menor”, afirma Claudimir, dizendo que estava embriagado na ocasião do crime.

O acusado diz que o movimento de pessoas na rua o fez fugir rapidamente, sem nada roubar. Mas segundo o superintendente Valdir Bicudo, da DP de Piraquara, cerca de R$ 1 mil e uma arma sumiram da chácara.

Para prender o acusado, a polícia contou com a ajuda de um informante, que indicou o esconderijo: uma propriedade rural quase na divisa com São Paulo, em Adrianópolis. “Claudimir já sabia que estávamos atrás dele e já se preparava para fugir”, falou Bicudo. Lá, o preso trabalhava como cortador de cana.

O menor apontado como co-autor, que à época do crime tinha 16 anos, foi entregue à polícia pelo Conselho Tutelar da cidade. Ele e Claudimir foram acareados ontem, numa sala da DP de Piraquara. “Olhe na minha cara e diga que não estávamos juntos”, desafiou Claudimir. “Fui até a porta da chácara e voltei. Ele matou sozinho”, defendeu-se o garoto. Ambos estão recolhidos da DP da cidade, que segue as investigações para definir a participação exata de cada um.

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