Inconsequente

Policial civil persegue grupo de mulheres em Curitiba

Ao sair de uma casa noturna na madrugada desta quinta-feira (23), um policial civil deu trabalho para a Polícia Militar. Ele perseguiu e atirou em um carro, onde estavam quatro jovens e um rapaz. A Polícia Civil não quis divulgar o nome do investigador, que foi autuado em flagrante por disparo de arma de fogo.

Por volta das 4h, as quatro moças entravam no carro de um amigo para voltar para casa, na frente de uma casa noturna sertaneja da Rua Coronel Dulcídio, Batel. De acordo com elas, o policial civil lotado na Delegacia de Furtos e Roubos(DFR) se aproximou com seu Honda CRV, e ofereceu dinheiro para levar uma delas.

Elas e o amigo ficaram ofendidos e começou a discussão. O grupo saiu de carro e foram perseguidos pelo policial até a Rua Visconde de Nácar, perto da Praça Osório, no Centro. No caminho, o carro foi atingido por um tiro, mas ninguém se feriu. A bala atravessou a lataria, próximo ao tanque de combustível.

Os amigos garantem que o homem só se identificou como policial quando a perseguição terminou. A Polícia Militar e investigadores do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) foram acionados, e o policial foi encaminhado ao 1.º Distrito Policial.

Liberado

De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, titular do 1.º DP, o policial ingressou na corporação há quatro anos. Ele foi autuado em flagrante por disparo de arma de fogo, mas pagou fiança de R$ 750 e vai responder em liberdade. Além do processo judicial, ele deve enfrentar investigação interna da corregedoria.

Recalcatti disse que o policial relatou que tentou conversar com a moça e o motorista saiu em alta velocidade. Ele perseguiu o carro e fez o disparo, porque o homem não parou o veículo. “Ele estava visivelmente abalado, sabe que fez bobagem e que pode ser exonerado”, afirmou. Ainda segundo o delegado, o policial não aparentava estar bêbado.

O diretor da Escola Superior de Polícia Civil (ESPC), Luís Fernando Viana, declarou que o policial detido ontem completou o curso de formação da polícia em 2010. Foram 840 horas de formação para habilitá-lo a exercer as funções, compostas por disciplinas teóricas, como Direitos Humanos, e práticas, como uso de arma de fogo.