A Polícia Militar tem novo comando-geral. O governador Beto Richa anunciou na quarta-feira (09), em Londrina, o nome do coronel César Vinicius Kogut, do 2.º Comando Regional da PM, responsável pelo policiamento no norte do Estado, para substituir o coronel Roberson Bondaruk. O coronel Péricles de Matos, comandante do 6.º Comando da PM, é o mais provável para assumir o subcomando. O coronel Maurício Tortato será promovido a chefe do Estado Maior.
Oficialmente, a PM informou que Bondaruk pediu afastamento do cargo alegando problemas de saúde. Ele deixa posto pouco antes de completar dois anos no cargo. “A troca está sendo feita a pedido do próprio Bondaruk, que fez um excelente trabalho à frente da nossa Polícia Militar”, declarou o governador, que anunciou a troca do comando pelo Twitter.
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| Divulgação/ANPr |
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| Bondaruk: motivos pessoais. |
Há informações, porém, que Bondaruk teria se desentendido com o deputado estadual Mauro Moraes, atualmente presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa. O parlamentar e o deputado Pedro Lupion teriam indicado o nome de Kogut.
A saída de Bondaruk, porém, já estaria sendo articulada há meses, mas fontes da PM indicam que não há relação com a investigação da Polícia Federal que culminou na prisão de 22 pessoas no Paraná, entre elas oito policiais militares, um investigador da Polícia Civil e o chefe de gabinete do deputado estadual Waldyr Pugliesi (PMDB). Na época, a investigação revelou esquema para tentar derrubar o comandante-geral. Bondaruk não se abalou e disse, na época, que a PM deu total suporte ao trabalho da PF.
Escolha
Richa afirmou que Kogut foi escolhido para comandar a corporação em razão dos bons resultados alcançados no norte. “É um oficial competente, com liderança sobre a tropa e que apresentou bons númerose”, justificou o governador, que efetivará a troca na próxima semana.
O coronel Kogut estava a frente do 2.º Comando Regional desde dezembro de 2012. Antes disso, foi corregedor e diretor de Ensino da PM. Tem 34 anos na corporação e também foi comandante do 8.º BPM (Paranavaí); 10.º BPM (Apucarana) e 5.º BPM (Londrina). Por ter perfil operacional, sua indicação é sinal que o governador pretende oxigenar a corporação, principalmente diante das reclamações da corporação sobre o posicionamento do ex-comandante.
Fontes da PM alegam que Bondaruk se tornou impopular entre os subalternos. Muitos policiais disseram estar desmotivados diante da precariedade das condições de trabalho, como falta de combustível, de fardas e até refeição. Outra reivindicação da classe é quanto às promoções.