A Polícia Civil de Piraquara pediu a prisão preventiva de Clair Mariso do Amaral, 42 anos, suspeito de atear fogo na esposa Jéssica Aparecida Orchel Santana, 19, no sábado, na Estrada da Graciosa, em Quatro Barras. A jovem teve o corpo totalmente queimado e morreu, no dia seguinte, no Hospital Evangélico. Segundo a polícia, Jéssica queria acabar com o casamento, o que teria deixado Clair revoltado.
O homem também sofreu queimaduras e continua detido no Complexo Médico-Penal, em Pinhais. Ainda no sábado, ele prestou depoimento na delegacia de Piraquara e foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio. “Como Jéssica morreu, solicitamos a preventiva dele por homicídio qualificado, por ter praticado o crime por motivo fútil e com o uso de fogo”, explicou o delegado Osmar Feijó, que responde pela delegacia de Quatro Barras neste mês.
Mudança
O delegado contou que o casal foi morar em Colombo há quatro meses. “Ela é de Telêmaco Borba e ele de São Miguel do Oeste. Quando os dois decidiram vir para Colombo, a família de Jéssica se mudou junto”, contou. Familiares da garota relataram à polícia que Clair já havia ameaçado e agredido Jéssica várias vezes.
Em depoimento, Clair disse que ia para a praia e que os dois se feriram durante um acidente. Ele contou que ela teria pego o volante do carro, que se desgovernou e bateu num barranco. Em seguida, houve uma explosão. Clair ainda relatou que Jéssica teria tentado suicídio por duas vezes.
Mas com o relato da vítima, que mesmo gravemente ferida, conseguiu contar aos socorristas do Siate que foi o marido que tentou matá-la e indícios que não houve explosão, como apurado pela perícia, o delegado prendeu Clair em flagrante. “As roupas da jovem tinham forte cheiro de gasolina, o que comprou a versão dela. O pai da jovem ainda contou que Clair costumava manter um galão de combustível no carro”, disse o delegado. Ele acredita que Clair tenha jogado a gasolina pela janela e, por isso, se queimou.