Bairro Alto

Tenente-coronel e mulher são mortos dentro de carro

O tenente-coronel reformado da Polícia Militar, João Antônio Pazinatto, 56 anos, foi assassinado a tiros dentro de um carro, no Bairro Alto, por volta das 14h de ontem (3). Junto, no veículo, também morreu Débora Cristina Nunes Zavaski, 30. O assassinato foi na Rua Ada Macaggi, quase esquina com a Rua José Lins do Rego, onde Débora morava.

Segundo levantamentos iniciais do investigador Henrique, da Delegacia de Homicídios, o tenente-coronel conversava com Débora dentro do Uno placa ARQ-6446, estacionado, quando um carro parou do lado e um dos ocupantes atirou. A princípio, seria um Golf preto, mas que ninguém anotou a placa.

O delegado Cristiano Quintas verificou junto à perícia que vários disparos calibre 9 milímetros foram dados contra o policial. Débora, conforme acredita o delegado, morreu com um tiro acidental no pescoço. Tanto a Polícia Militar quanto a Civil preferem não arriscar motivos para o crime.

Programas

Inês Marques Nunes, mãe de Débora, explicou que a filha era usuária de drogas há muitos anos e vivia sem moradia fixa. Segundo os parentes disseram à polícia, ela fazia qualquer coisa para conseguir dinheiro para drogas, confirmando os comentários na vizinhança que Débora era garota de programa. Ela era mãe de dois meninos, um com 4 e outro com 11 anos.

A família de Débora não sabia quem era o homem que estava com ela no carro. A única coisa que a vítima comentou com a irmã, há algumas semanas, era que tinha arranjado um namorado “gente boa”, mas não deu nenhum detalhe sobre o novo amor. Acredita-se que o namorado era o tenente-coronel.

Drogas

“Minha filha me falou recentemente que não morreria por causa de drogas, porque não tinha confusão com ninguém, muito menos dívidas com traficante”, disse a mãe, surpresa com a morte da filha. Moradores disseram que Débora vivia no final da Rua José Lins do Rego, onde há uma boca de fumo. O tenente-coronel também era visto pela região frequentemente.

O crime atraiu bom número de policiais militares. Eles procuravam por pistas no veículo, antes mesmo da chegada do Instituto de Criminalística, o que pode comprometer o resultado da perícia.

Veja a galeria de fotos do crime. Confira aqui o vídeo.