Baderna

Praça de Curitiba se torna um ninho de desocupados

Moradores dos arredores da Praça Maria Polenta, no Água Verde, estão cansados dos abusos de grupos de pessoas que se reúnem para consumir bebidas alcóolicas e drogas. A baderna é maior à noite e nos fins de semana, com a presença de muitos jovens. Quando o bando se dispersa, ficam as garrafas de bebida, as pichações e o cheiro forte de urina.

Imagens registradas por moradores da região mostram jovens reunidos na marquise do prédio ao lado da praça, bebendo e fumando. Eles sobem até na caixa de alta tensão de um edifício. De acordo com José Gil de Almeida, diretor do Conselho Comunitário de Segurança do Água Verde, moradores denunciaram muitos casos de perturbação de sossego e tráfico de drogas na praça e imediações, principalmente após as 18h. “É um problema antigo. Às vezes, a Polícia Militar dispersa o grupo, mas depois de uns dias todo mundo volta”, afirmou.

Marcos Borges
Gil Almeida: problema antigo.

Sujeira

Comerciantes contaram que o maior problema é a sujeira, principalmente o cheiro de urina. Já outra afirmou ser possível ver traficantes e usuários de drogas agindo na praça. Durante o horário comercial, as ocorrências são raras, mas os moradores precisam passar pelo grupo em ruas escuras e aguentar o barulho. De acordo com um comerciante, por conta da baderna, uma imobiliária demorou para vender apartamentos de um prédio construído recentemente na região.

Almeida teme que se repita o que ocorreu no calçadão do Shopping Água Verde, onde um jovem foi morto pelo morador de um prédio. O atirador alegou que discutiu com um grupo que andava de skate e conversava alto até a madrugada.

Histórico

Em agosto de 2008, um morador de rua foi assassinado com uma facada, na Praça Maria Polenta, após discutir com um frequentador do local. Em 2007, um empresário que mora próximo à praça foi agredido e roubado por 15 pessoas, quando chegava em casa. Os marginais roubaram um aparelho celular, uma jaqueta e uma corrente de ouro. Na época, os moradores denunciaram agressões e brigas constantes.

PM pede que população denuncie

Marcelo Vellinho

A Polícia Militar informou que a responsabilidade na região é dividida entre a PM e a Guarda Municipal, por se tratar de uma praça. De acordo com a assessoria de imprensa, o patrulhamento no local é realizado normalmente e aumenta quando há feira nas proximidades. A PM informou que não há nenhuma ocorrência registrada neste ano nas imediações da praça e pede que os moradores e comerciantes denunciem o que está errado, pelo telefone 190. As imagens gravadas foram enviadas ao Comando Geral da PM e à Secretaria da Segurança Pública.

Reprodução
Confira o vídeo com as imagens de uma câmera de segurança.