Nove pessoas estão na denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) sobre o esquema de desvio de dinheiro do Sindicato dos Motoristas e Cobradores das Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc). A denúncia oferecida pelo MP no início deste mês à Justiça dá conta do rombo milionário – exatos R$ 8.125.643,85 – nos cofres da entidade que, desde 2010 é investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Novamente, os nomes do ex-presidente do Sindimoc e atual vereador Denílson Pires, e do advogado e ex-vereador, Valdenir Dielle Dias, estão entre os acusados de organizar toda a fraude. A dupla teve a prisão temporária decretada em setembro de 2010, porém, passados cinco dias a Justiça os liberou por entender que era desnecessária a prorrogação. Na época, o montante desviado ainda não havia sido levantado, mas as acusações de formação de quadrilha e de crime de peculato já faziam parte da ação.
Envolvidos
Pela denúncia assinada pelo promotor de Justiça Vani Antônio Bueno, além dos nomes de Pires e Dias, integram a lista de envolvidos no esquema: Valdecir Bolete, Ana Líbia Grein, Marcio Ramos, João Carlos da Rosa, Pedro Paulo de Macedo da Costa Lina, Nereide de Fátima Butinhoni e Denis Kadri Jorge. A denúncia dá conta de que desde 1990 o dinheiro da entidade é desviado, e somente entre 2006 e 2010, foram mais de R$ 8 milhões de receitas não contabilizadas. “O montante foi empregado em benefício próprio da quadrilha, em despesas que vão de abastecimento e manutenção de veículos particulares, cirurgias, contas pessoais e adiantamentos”, acusa o MP.
Devolução do dinheiro
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| Anderson: testemunha. |
O atual presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, que é uma das testemunhas da denúncia do MP, disse que o sindicato ainda não foi notificado, mas que desde o início dos trabalhos “confiou plenamente nas investigações do MP e Gaeco”. O departamento jurídico do Sindimoc aguarda a definição da Vara onde correrá o processo criminal para entrar como assistente de acusação e na Vara Cível com pedido de reparação financeira.