Perfil do assassino

Empresário que matou namorada era distante e esbanjador

Uma vida frenética e distante da família era o cotidiano do empresário Veríssimo Canalli Fiúza, 31 anos, que cometeu suicídio após agredir a namorada Elizabeth Cristina Pereira, 25, até a morte. Os corpos foram encontrados na mansão do rapaz, na Vila Oficinas, Cajuru, e foram sepultados na manhã de ontem. A mãe de Veríssimo foi ouvida ontem na Delegacia de Homicídios, mas, segundo o delegado Rubens Recalcatti, revelou que não tinha muito contato com o filho.

A polícia revelou que o empresário registrou 17 boletins de ocorrência de brigas em casa noturna, acidentes de trânsito, ameaças de morte e despejo. Fontes da polícia revelam que a mansão onde ele morava era equipada com vários aparelhos eletrônicos. Em toda a casa havia 16 televisões de LED 50 polegadas e uma cama de bronzeamento. Veríssimo também tinha cinco carros de luxo, cuja procedência está sendo investigada. Porém, em um boletim de ocorrência de dois anos atrás ele afirma que o aluguel estava há meses atrasado.

Ciúme

No dia do crime, a jovem foi até a mansão de Veríssimo para romper o relacionamento de um ano. Conhecidos haviam aconselhado que ela marcasse o encontro em local público, porém ela decidiu ir pessoalmente anunciar o fim da relação. “O crime é fruto de um relacionamento conturbado e de uma mente doentia. Ele tinha ciúme e não admitia o fim do relacionamento”, disse o delegado, que aguarda o laudo que vai apontar a causa da morte de Elizabeth.

O delegado Recalcatti narrou ontem os minutos finais de agonia vividos pela jovem. O empresário tinha câmeras instaladas no quarto e no closet e revelam que as agressões duraram cerca de uma hora. Antes das 23h, ele mandou uma mensagem via celular para a mãe da jovem, informando que está tudo bem. “Ele escreveu ‘mãezinha’ e foi aí que a família desconfiou, porque a garota nunca havia chamado sua mãe dessa forma”, explica o delegado. Nessa hora, a polícia acredita que a moça já estava morta.

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