Assassinado no portão de escola na RMC

Briga de gangues é apontada como motivo da morte de Thiago Alex da Cruz, 21 anos, assassinado no início da manhã de ontem, no portão da Escola Estadual Chico Mendes, na Rua Manoel Marcílio Oliveira, Planta São Marcos, em São José dos Pinhais.

O rapaz levava a namorada até o colégio, quando foi surpreendido por dois homens armados de pistola. Thiago foi atingido com quatro tiros. A polícia investiga se o crime tem relação com a tentativa de homicídio ocorrida às 5h, nas proximidades.

O alvo dos atiradores era uma adolescente, mas os tiros atingiram a mulher que acompanhava a garota. Feria com dois disparos, a vítima foi encaminhada ao Hospital São José.

Sinal

Policiais militares do 17.º Batalhão da PM informaram que Thiago foi baleado por volta das 7h30, quando o sinal para a entrada dos alunos já havia tocado. Os tiros deixaram pais e estudantes em pânico. A mãe de um aluno chegou a comentar que vai tirar o filho da escola depois do ocorrido.

Segundo o perito Alexandre, do Instituto de Criminalística, Thiago foi ferido com dois tiros nos braços – no esquerdo tinha tatuada as palavras “Justiça Divina” – dois tiros no peito e um de raspão na cabeça.

No local, foi recolhido estojo de calibre 380. Chorando bastante, a mãe de Thiago teve de ser amparada no local. A namorada da vítima, que presenciou o crime e não teve a identidade revelada, foi levada para dentro da escola em estado de choque e não falou nada.

Tráfico

Enquanto a PM isolava o local do crime até que o corpo fosse periciado e recolhido pelo Instituto Médico-Legal (IML), uma equipe da delegacia de São José dos Pinhais apurou informações sobre a vítima. Segundo o superintendente Clóvis Pinheiro, Thiago era membro de uma gangue envolvida com o tráfico de drogas na Planta São Marcos e rival ao bando do Jardim Carmem.

Conforme o superintendente, ele era investigado pela co-autoria na tentativa de homicídio contra uma adolescente. No dia 2, após ser intimado, ele compareceu na delegacia com uma motocicleta com alerta de furto e que seria a mesma usada no atentado contra a garota.

O rapaz foi preso por receptação e liberado seis dias depois. “Apuramos que essa menina é namorada de um integrante da gangue rival à de Thiago. Com certeza os dois crimes estão relacionados”, comentou. Clóvis informou que já tem nomes de suspeitos, porém não pode revelá-los para não prejudicar as investigações.