Mandíbulas do terror

Cachorro ataca menina de quatro anos no Cajuru

Uma mulher, de 60 anos, passou por momentos de desespero, no final da tarde de ontem, ao tentar salvar a neta, de 4 anos, do ataque de um pit bull. Kalita Paes de Paula foi levada em estado muito grave ao Hospital Cajuru, com várias escoriações no rosto, falhas no couro cabeludo e uma das orelhas arrancadas pelo animal.

O cão da família foi sacrificado a tiro por policiais militares, única maneira encontrada para salvar a criança. Cecília Rosa Paes, avó da menina, contou que estava na casa de sua filha, na Rua Padre Karol Dworaczek, Jardim Acrópole, no Cajuru, desde cedo.

Foi para lavar as roupas para a filha e, no final da tarde, foi ao quintal recolhê-las. A neta acompanhou a avó e ficou brincando ao redor do varal, até que o cão atacou a criança.

Luta

“Tentei puxar o bicho e ao mesmo tempo gritava por socorro. Mas os vizinhos não podiam entrar, porque o portão estava trancado”, contou Cecília. Por sorte, uma viatura das Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (Rone) passava próximo e viu a confusão.

Conseguiram arrombar o portão e diante do animal incontrolável, deram um tiro de alerta, mas o pit bull não soltou a criança e só restou aos policiais atirarem no cão.

O socorristas do Siate disseram que a menina teve uma das orelhas arrancadas pelo bicho, foi ferida no couro cabeludo e teve arranhões no rosto. Apesar do estado grave, Kalita chegou estável ao Hospital Cajuru.

Cecília disse que o pit bull já morava com a família há tempos e nunca atacou ninguém. “Mesmo assim eu não passava perto dele sozinha. Sempre estava com alguém da casa”, disse a avó, na porta do pronto-socorro, com as mãos ainda sujas de sangue de tentar acudir a neta.