Ex-goleiro Bruno recebe primeira condenação

A 6.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou ontem o pedido de habeas corpus para o ex-goleiro Bruno Souza, acusado do sumiço e suposto assassinato de Eliza Samudio.

O criminalista paranaense Cláudio Dalledone Júnior fez sustentação oral da defesa, apontando pontos falhos no processo, mas não conseguiu a soltura do réu.

Na saída do STJ, em Brasília, ele anunciou que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF), usando o mesmo argumento: a incompetência do juízo da Comarca de Contagem (MG) para julgar o caso.

Quanto à condenação de Bruno, divulgada ontem, pela Vara Criminal de Jacarepaguá (RJ), a 4 anos e 6 meses de prisão, pelas acusações de cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal de Eliza Samúdio (ela deixou uma fita gravada afirmando que ele a obrigou a tomar um abortivo quando soube que estava grávida, porque não queria assumir a paternidade da criança) Dalledone disse que também recorrerá à Justiça do Rio de Janeiro, usando uma alegação do próprio Ministério Público carioca, que afirmou ter Bruno ficado, em alguns momentos, indefeso, dada a forma como se comportou o antigo defensor, Ércio Quaresma, que após ter sido filmado fumando crack, confessou ser viciado há anos e fazer tratamento na tentativa de se curar.

Hoje, às 16h, em seu escritório na Barra da Tijuca (RJ), Dalledone concederá entrevista coletiva sobre o caso. Na ocasião estará presente o advogado Patrick Belliel, que esta semana assumiu a defesa de Luiz Henrique Romão, o “Macarrão”, amigo do ex-goleiro, condenado a 3 anos de prisão no mesmo processo, acusado de manter Eliza em cárcere privado.