A Polícia Federal juntamente com o Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal, deflagrou hoje (23), a Operação Zíngara, desarticulando assim uma quadrilha que estava fraudando benefícios previdenciários do INSS em Curitiba e região metropolitana.
A PF cumpriu determinação judicial expedida pela juíza substituta da 1ª Vara Federal Criminal da capital paranaense, ao prender preventivamente um intermediário de benefícios em Rio Branco do Sul, e cumprir sete mandados de busca e apreensão em Itaperuçu. Participaram da operação 26 policiais federais e seis servidores do Ministério da Previdência Social.
As investigações duraram cerca de seis meses e revelaram que o mentor do bando agia intensivamente como procurador e intermediador de benefícios do INSS há mais de dez anos e atuava nas diversas Agências da Previdência Social de Curitiba e região. Para cometer as fraudes ele utilizava documentos falsos em nome de pessoas fictícias e prestava informações falsas ao INSS quanto ao endereço, renda e condição física de beneficiários. Como não havia comprovante de endereço em nome das pessoas forjadas pela quadrilha, apresentava declarações dizendo tratar-se de “ciganos”, decorrendo desse fato o nome da operação.
O benefício assistencial de amparo ao idoso, dentre outros, instituído pela Lei nº.8.742/93, está entre os preferidos pela quadrilha dado a facilidade que encontraram em “criar” pessoas que se enquadravam nas características de beneficiários.
A justiça federal determinou a suspensão cautelar de 14 benefícios previdenciários cujas investigações revelaram terem sido concedidos fraudulentamente. O montante do prejuízo ocasionado aos cofres públicos será conhecido somente após o final das investigações. Os envolvidos responderão pelo crime de estelionato e formação de quadrilha com penas que podem variar de 1 a 5 anos de prisão.