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Sesp confirma aumento da violência no Paraná

A crescente onda de violência, constatada diariamente pelo Paraná Online, foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (Sesp). Os números referentes ao primeiro trimestre do ano, indicam aumento considerável de homicídios dolosos (com intenção de matar), na comparação com o mesmo período dos anos anteriores.

Em todo o Estado, houve aumento de 50% nos assassinatos, de 2007 para cá. O índice é ainda mais assustador na Região Metropolitana de Curitiba, onde eles praticamente dobraram nos últimos quatro anos.

De acordo com dados da Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) que gerencia o Geoprocessamento – Mapa do Crime, foram instaurados 1.001 inquéritos de homicídio doloso no Paraná, de janeiro a março. Só em Curitiba e região, foram 525, 54% a mais que no ano passado.

Para combater esses índices a Sesp lançou, em 26 de fevereiro, a operação Cidade Segura, em Curitiba e Região Metropolitana, Maringá, Londrina, Cascavel, Foz do Iguaçu, Umuarama e Ponta Grossa.

De acordo com a delegada-titular da Delegacia de Homicídios de Curitiba, Vanessa Alice, policiais têm realizado rondas preventivas, com abordagens em bairros em que há maior registro de ocorrências. As regiões de Londrina, Foz do Iguaçu e Cascavel tiveram números semelhantes aos registrados no primeiro trimestre do ano passado.

Patrimônio

Diferente dos homicídios, houve redução no total de crimes contra o patrimônio. Foram 7.495 roubos e 22.847 furtos no Paraná, quase 6% a menos do que o registrado no primeiro trimestre de 2009. 

“A polícia trabalha há muito tempo para prender quadrilhas especializadas em assaltos e furtos”, afirmou o delegado-chefe da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, Luiz Carlos de Oliveira. Em Maringá, houve queda de quase 14% nos crimes contra o patrimônio. Em todo o estado, foram furtados ou roubados 5.028 veículos no primeiro trimestre.

Os dados da Sesp, porém, não separam latrocínios (roubos com morte) dos roubos, por eles serem tipificados como crimes contra o patrimônio. Essa abordagem dificulta a quantificação de pessoas mortas pela criminalidade.