Advogada é executada a tiros no Boa Vista

Com cinco tiros de pistola calibre nove milímetros na cabeça, a advogada Kátia Regina Leite Ferraz, 44 anos, foi executada dentro de sua caminhonete Sportage, placa MCV-2951, em frente ao condomínio onde morava, na Ruas dos Dominicanos, no Boa Vista. Dois homens em uma moto vermelha a abordaram quando a advogada manobrava o veículo.

Segundo o delegado Rodrigo Brown, da Delegacia de Homicídios (DH), a hipótese de latrocínio (roubo com morte) foi praticamente descartada. “A forma como ela morreu caracteriza execução, mas temos que ver com que tipo de situação ela estava envolvida para chegarmos ao assassino”, explicou.

Defesa

Kátia trabalhava com direito da família e também atuava na Paraná Previdência. Uma testemunha, que não quis identificar-se, disse que, recentemente, ela defendia uma mulher, que havia sido agredida pelo ex-marido.

“Ele já tinha sido preso pela Lei Maria da Penha e, agora, havia um processo em andamento para que ele se afastasse da mulher, mas o homem continuava a ameaçá-la”, explicou.

A testemunha relatou que, há alguns dias, ele procurou a advogada para conseguir o novo endereço da ex-mulher, mas não teve sucesso. “Ele ficou furioso, por esse motivo surgiu a suspeita de que tenha contratado o assassino para cometer o crime.” Até o fim da tarde de ontem, ninguém tinha sido preso.