Policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prenderam, na manhã de ontem, em São Paulo, Ricardo Barollo, 34 anos, acusado de ser líder de um movimento neonazista e mandante da morte de um casal em Curitiba. Essa foi a segunda vez que o suspeito foi preso pelo Cope.
A primeira prisão aconteceu em 30 de abril, sete dias depois de Bernardo Dayrell Pedroso, 24 anos, e Renata Waeschter Ferreira, 21, terem sidos executados na BR-476, em Quatro Barras.
Barollo tinha residência fixa e era réu primário, por esse motivo foi beneficiado por decisão unânime da 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná e respondia em liberdade pelas acusações.
Continuidade
O delegado Francisco Caricati disse que muitos indícios apontam que o grupo neonazista continua atuando. “Por conta disso, a Justiça decretou a prisão preventiva de Barollo, que foi detido em seu apartamento, no bairro Moema, zona sul de São Paulo”, disse o delegado.
O crime aconteceu no mesmo dia em que mais de 20 pessoas de vários Estados se reuniam, em Campina Grande do Sul, para comemorar os 120 anos de Adolf Hitler.
Nos dias seguintes, uma operação realizada pelo Cope com a participação de policiais de São Paulo, Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, prendeu os envolvidos no crime. Além de Barollo, foram presas cinco pessoas, integrantes do movimento neonazista e acusadas de participar direta e indiretamente do duplo homicídio.