Advogada é presa por passar informações para criminosos

Uma advogada que passava informações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e do Comando Vermelho, do Rio de Janeiro, para presidiários da Penitenciária Federal de Catanduvas, oeste do Paraná, foi detida ontem à tarde por policiais federais da delegacia de Cascavel e por agentes penitenciários do presídio.

A advogada, que não teve o nome revelado pela Polícia Federal, utilizou uma carta manuscrita que foi mostrada para um interno. O conteúdo revelava informações criminosas, inclusive com relatos de homicídios, para um dos detentos, que é um dos chefes da organização criminosa fluminense.

Graças a uma ordem judicial, eles foram flagrados pelo sistema de vigilância do presídio. A advogada rasgou a carta para apagar a evidência, mas o objeto foi reconstituído.

Pela nova Lei de Entorpecentes, a advogada será autuada em flagrante e enquadrada no artigo 37. O detento será autuado pelo artigo 288, do Código Penal, por formação de quadrilha.

Para o delegado da Polícia Federal de Cascavel, Algacir Mikalovski, a ação conjunta possibilitou na detenção da advogada que, segundo ele, estaria extrapolando o exercício da profissão e os limites da relação cliente e advogado. “O presidiário foi levado novamente para Catanduvas, enquanto a advogada ficará detida em Cascavel”, informa.