Depois de serrar uma das grades da janela do cubículo 405 da Prisão Provisória de Curitiba, no Ahu, o detento João Batista Joaquim, 32 anos, conseguiu escapar, na madrugada de terça-feira. Condenado a quatro anos de reclusão por furtos diversos, a pena dele deveria se encerrar em fevereiro do ano que vem. De acordo com o diretor do presídio, coronel João Krainski Neto, já havia um pedido de liberdade condicional para João na Vara de Execuções Penais.
A forma como a fuga aconteceu não foi descoberta. Como o detento trabalhava na serralheria, é provável que tenha levado para dentro da cela um pequeno pedaço de serra, utilizado para remover a barra de ferro da janela. Depois driblou a segurança externa, a cargo da Polícia Militar, e pode ter saltado o muro. Também não é descartada a hipótese de alguém ter jogado a serra para dentro do xadrez.
Fuga
João teria trabalhado na remoção da grade durante a noite e por ser bastante magro, não teve dificuldade para sair pela estreita passagem. Seus cinco companheiros de cela não quiseram arriscar a fugir e afirmaram aos seguranças que até a meia-noite de segunda o foragido ainda estava dentro do xadrez.
Embora estivesse terminando de cumprir uma condenação, o preso ainda tinha outros oito procesos em andamento, pelas comarcas de Sarandi e Maringá, e pela 4.ª Vara Criminal. Ele estava envolvido em vários furtos e também respondia a inquérito por uso de drogas. “Talvez ele tenha ficado com medo de ser condenado novamente e por isso fugiu, mesmo sabendo que poderia ser colocado em liberdade em breve”, suspeita o diretor da cadeia. A fuga foi comunicada à VEP e uma sindicância foi instaurada para apurar se houve negligência por parte da segurança.