Matam e tentam mutilar vítima

Vestido apenas com cueca e meias, o cadáver de um jovem, de aproximadamente 18 anos, foi encontrado no início da manhã de ontem jogado na Travessa Lins, próximo à linha do trem, na Vila São João Del Rey, bairro Cajuru. No corpo da vítima havia sinais da violência empregada por seus matadores. O pescoço, os dois pulsos e o tornozelo esquerdo do garoto foram parcialmente cortados com uma pequena faca (serrinha). A arma foi recolhida toda ensangüentada pela Polícia Científica.

A situação, no entanto, originou-se em outra rua, a algumas quadras de onde o corpo foi localizado. As manchas de sangue delimitaram o caminho feito pelos matadores e indicam que a vítima lutou para não morrer. Um beco, na Travessa G, foi o provável local do assassinato.

Lá foram encontradas peças de roupa da vítima, como calça jeans e tênis. Os objetos estavam espalhados e na área ao redor havia muito sangue.

Moradores relataram que o garoto foi visto correndo, fugindo de dois indivíduos que o perseguiam. Quando todos entraram no beco, apenas gritos foram ouvidos. Como o fato aconteceu aproximadamente às 3h, ninguém saiu de suas casas para verificar o que estava acontecendo.

Serra

Pelos indícios, a vítima foi morta no beco e, lá mesmo, os matadores tentaram serrar pedaços do corpo, provavelmente para dispersá-los pela região e assim dificultar ainda mais a identificação. Os assassinos começaram a cortar o cadáver pelas articulações, para separar pés, mãos e cabeça. No entanto, como dispunham de apenas facas, deduziram que o trabalho não seria fácil e tiveram a idéia de carregá-lo até a linha do trem, que fica próximo ao local do assassinato. Os policiais militares (Reinaldo e De Paula) do Regimento da Polícia Montada, que deram atendimento a situação, acreditam que o corpo seria carregado e abandonado no trilho, para que uma locomotiva fizesse o ?serviço de corte? pretendido pelos marginais.

Não foram encontrados documentos que pudessem identificar o garoto. Ele portava consigo apenas uma corrente pendurada no pescoço. Em um dos bolsos da calça estava um pedaço de papel com os seguintes dizeres: ?vende-se terra para jardim? – com a assinatura de Lineu e o número de um telefone celular. O corpo foi conduzido ao Instituto Médico-Legal, onde aguarda identificação.

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